A seleção feminina de handebol do Brasil não confirmou a expectativa que havia sido criada após excelente início nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Com Ana Paula e Duda Amorim bem marcadas, a Espanha anulou as principais jogadas ofensivas brasileiras e venceu por 29 a 24. Esta foi a primeira derrota da seleção no torneio, já que as comandadas de Morten Soubak haviam vencido a Noruega e a Romênia nas primeiras partidas.
A derrota liga o sinal de alerta para o Brasil no grupo mais complicado do torneio. Ainda que tenha vencido as equipes teoricamente mais fortes, a seleção ainda precisa confirmar sua superioridade contra Montenegro e Angola para avançar na liderança da chave. Caso contrário, pode encontrar uma pedreira logo no primeiro mata-mata.
A seleção feminina de handebol levou um susto ao pisar na Arena do Futuro pela terceira vez nos Jogos Olímpicos. Contra a Espanha, pela primeira vez no Rio, era a favorita absoluta. Depois de bater Noruega e Romênia nos dois primeiros jogos, o time de Duda Amorim e Ana Paula foi estudado pelas europeias, que marcaram bem a dupla, chegaram a abrir cinco gols de vantagem e dominaram o primeiro tempo.
A pressão defensiva nas armadoras, as melhores jogadoras ofensivas do Brasil, deixou a seleção limitada nos 30 primeiros minutos. Compacta e atenta, a Espanha deu pouco espaço para as movimentações verde-amarelas e chegou a passar quase oito minutos sem sofrer gols, abrindo cinco de vantagem no placar.
A situação fez Morten Soubak, técnico do Brasil, usar o banco de reservas. Fran foi acionada para desafogar Ana Paula por um tempo e Jessica substituiu Alê na ponta. Não deu certo. Afobada, a seleção arriscava muito de longe e parou diversas vezes na boa atuação da goleira Silvia Navarro. A coisa só mudou de figura quando a defesa encaixou. No fim do primeiro tempo, foram duas boas intervenções de Duda Amorim na marcação que permitiram ao Brasil diminuir a vantagem para três gols.
As equipes foram para o intervalo e Morten conseguiu aliviar o problema do ataque brasileiro. A etapa final começou com seguidas trocas de gols dos dois lados, para angústia da torcida presente na Arena do Futuro. O principal destaque do Brasil foi Alexandra, que seguiu incomodando a defesa adversária. Entretanto, Alexandrina seguiu infernizando a defesa brasileira e terminou como a melhor atleta em quadra.