O Brasil é considerado uma potências no paraolimpismo mundial e o governo do Piauí dá os primeiros passos para se inserir neste cenário, buscando revelar, desenvolver talentos e ao mesmo tempo contribuir com a inclusão social através do esporte.
Na manhã de ontem, um grupo de velocistas com deficiência intelectual correu em busca de uma das vagas para representar o Estado nas Paraolimpíadas Brasileiras, a ser realizadas pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB). As competições reunirão estudantes com deficiência física, visual e intelectual de todo o País, em São Paulo, entre os dias 26 e 31 de agosto.
Do Piauí carimbaram o passaporte, através da seletiva realizada pela Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi), Jaelton Alcides Castro, José Francisco Pereira de Sousa e Dulcyane Lima, os quais competirão nas provas de 100 metros e salto em distância; além de Juniel Ribeiro Costa, nos 400 metros, e Igor Rabelo Gomes do arremesso de peso.
No tênis de mesa o vencedor da seletiva foi José Alberto Ferreira Maia Filho. Jaelton Alcides Castro, que já foi campeão dos Jogos Brasileiros das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), promete buscar a medalha dourada em São Paulo. ?O esporte faz parte da minha vida, gosto muito de praticar atividade, vou para São Paulo e quero vencer?.
José Francisco, apesar da paralisia cerebral e da dificuldade física de correr e saltar, demonstrou bom desempenho tanto nos 100m como no salto em distância. ?Eu corro, brinco, jogo bola e salto. Quero ir para São Paulo, lá vai ser bom porque gosto muito de esporte?, comentou.
A seletiva consistiu na realização das provas de velocidade 100m e 400 metros, arremesso de peso e salto em distância. ?O objetivo era alcançar o índice estabelecido pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) para que os atletas tenham aval para participar da etapa nacional.
O governo do Estado, juntamente com a Fundespi, está dando todo o apoio para que isso seja realizado?, disse César Gabriel, coordenador da seletiva e chefe da delegação que vai a São Paulo. De acordo com José Gomes, presidente da Fundespi, ?estas competições escolares despertam o interesse das crianças com deficiência pelo esporte e isso é de suma importância. A escola é o meio pelo qual se detecta talento e ainda pode fomentar o paradesporto entre os estudantes?.
O professor da APAE de Teresina, Jarbas Carvalho, elogiou a iniciativa do governo do Estado em aderir à Paraolimpíada Nacional. ?A gente tem atividade voltada para o esporte, são realizadas as Olimpíadas Nacionais e agora também o Governo do Estado está promovendo os eventos, teve recentemente as Paraolimpíadas e isso faz com que incentive os garotos a competirem?.