Marcelo Lomba tenta manter os olhos no jogo, mas é impossível não desviar o olhar para o que ocorre às suas costas. Mesmo que sejam os minutos finais da estreia do Inter na Libertadores, a chuva de cadeiras arremessadas e o fogo ateado por torcedores nas arquibancadas roubam a cena. Com informações do Globo Esporte e Futebol da Galera.
Nesta terça-feira, o Inter teve um jogador a mais durante boa parte do segundo tempo, mas ficou no 0 a 0 com a Universidad de Chile no Estádio Nacional. Um duelo decisivo, a primeira prova de fogo de Eduardo Coudet, o restante do ano em jogo... Sobram elementos para dar peso à partida.
Mas o futebol quase não será assunto nas linhas a seguir. Ele dará espaço às cenas de confronto entre torcedores e a polícia chilena nas arquibancadas e no pátio do estádio.
A apreensão com possíveis conflitos ditou o ambiente durante os dias que antecederam o confronto. A Conmebol antecipou o horário da partida em mais de uma hora e advertiu a La U sobre possíveis sanções em caso de confusões. O clube respondeu: reforçou o esquema de segurança e limitou a capacidade do estádio para garantir tranquilidade ao jogo.
O Inter chegou ao estádio, fez o aquecimento e iniciou a partida. Tudo isso, sem transtorno algum. Com a bola rolando, faixas pedindo a renúncia do presidente Sebastián Piñera surgiram no alambrado e foram acompanhadas de um cântico: "Piñera, assassino, igual a Pinochet", numa referência aos dias da ditadura de Augusto Pinochet. Era o prenúncio da violência que viria a seguir.
Fogo nas arquibancadas
A tensão e os conflitos se transferiam para as arquibancadas e desviaram todos os olhos do futebol nos minutos finais do segundo tempo, já após a expulsão de Montillo. Um grupo de torcedores começou a arremessar cadeiras e outros objetos em direção a alguns carabineros que estavam na pista atlética.
Veja o empate: