Na corrida pelo histórico título mundial para o Brasil no surfe, Gabriel Medina vê a paciência, a determinação e a fé como alguns dos principais ingredientes para cumprir a sua missão. Número um do mundo após dez etapas do Circuito Mundial (WCT), o jovem de 20 anos também tem a família como um porto seguro em um esporte solitário. Além do pai e treinador, Charles Rodrigues, a mãe, Simone, e os irmãos, Felipe e Sophia, marcam presença no Havaí para torcer para o prodígio de Maresias na última etapa, desta segunda-feira até 20 de dezembro, nas ondas tubulares e perfeitas de Pipeline.
Nesta segunda-feira, será realizada uma triagem, de onde sairá dois surfistas locais ("wildcards") entre 36 competidores (anteriormente, eram 16 classificados, o número foi reduzido para oito e, a partir deste ano, serão apenas dois, assim como nas outras 10 etapas do WCT) . Os dois "wildcards" serão adversários de Medina e de Mick Fanning. O evento ainda conta com dois convidados, um pelo evento e outro pelo patrocinador do Pipe Masters. O campeonato poderá começar nesta quarta-feira, dependendo das condições do mar.
Na briga pelo caneco, o paulista de São Sebastião tem o australiano Mick Fanning, tricampeão mundial e rei do "power surf" - o estilo baseado na força aplicada nas manobras e rasgadas - como maior adversário. E americano Kelly Slater, lenda do esporte com 11 títulos mundiais, também tem chances matemáticas de vencer a temporada.
- Para ser campeão mundial, você precisa ter paciência e acreditar até o fim, até tocar a buzina e acabar o campeonato. O que me dá força é a minha família, seja nas vitórias ou nas derrotas. Eles estão sempre do meu lado me dando força. Só tenho que agradecer a Deus por tudo - disse Medina, que venceu as etapas de Gold Coast, na Austrália, Tavarua, em Fiji, e Teahupoo, no Taiti, na temporada 2014.
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