EUA conquista ouro histórico na ginástica; Brasil acaba em último

A vantagem americana foi de 8,209 pontos sobre a Rússia

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A equipe de ginástica dos Estados Unidos obteve uma diferença histórica na final para conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016.

Nesta terça-feira, ao final das quatro rotações, a vantagem americana foi de 8,209 pontos sobre a Rússia, que ficou com a prata, muito superior a qualquer outra desde a Olimpíada de 1992, realizada em Barcelona (ESP). Já o Brasil acabou em último na decisão por conta de quedas de suas ginastas. A China completou o pódio com a medalha de bronze.

Os EUA contavam com Simone Biles, recordistas de ouros em mundiais, e Gabrielle Douglas, campeã olímpica no individual geral em Londres-2012, e fizeram valer sua superioridade. O time americano dominou todos os aparelhos, chegando a abrir dois pontos sobre a China no salto. Só na trave a vantagem ficou em menos de um ponto.

Desde Barcelona-1992, o máximo de vantagem que uma equipe tinha obtido sobre a segunda fora em Pequim-2008, quando a China abriu mais de dois pontos sobre os EUA. De resto, a vantagem costuma ser perto de um ponto.Enquanto isso, as ginastas brasileiras erraram desde o início. Jade caiu da trave na primeira rotação, e Rebeca Andrade se desequilibrou e caiu de joelhos no solo. Assim, não repetiram a atuação nas eliminatórias quando ficaram em quinto. A última colocação é igual à obtida em Pequim-2008, última vez em que o Brasil esteve na final feminina.

"Fiquei muito feliz (em participar das quatro rotações) e ainda consegui melhorar minhas notas da classificatória. Só na trave que tive um erro e desconcentrei. Estamos felizes de ver a ginástica melhorando como um todo. Não somos apenas talentos individuais", disse Jade em entrevista ao Sportv.O Brasil não começou bem na final feminina por equipes da ginástica artística. Na primeira rotação, realizada na trave,

Daniele Hypolito foi responsável por abrir os trabalhos para a seleção. Apesar de pouco desequilíbrio, não teve muito grau de dificuldade em sua série e somou apenas 14,133. Na sequência, Jade Barbosa entrou no aparelho, mas logo se desequilibrou e caiu da trave. Com a queda, ela recebeu apenas 13,033, pontuação considerada muito baixa. Flávia Saraiva fechou a apresentação brasileira: com uma apresentação segura, somou 14,833, comemorada pela equipe, mas vaiada pelo público, que esperava mais. Depois da primeira rotação, Brasil terminou na sétima posição.

Jade Barbosa foi quem abriu a série no solo na segunda rotação brasileira. Após uma boa apresentação, a brasileira terminou sua rotina com um sorriso no rosto e ovacionada pela torcida. Os árbitros, no entanto, deram apenas 14,266. Na sequência, Rebeca Andrade se apresentou ao som de Beyoncè. Ela vinha tendo um desempenho seguro, mas se desequilibrou no último movimento, caiu e teve muitos pontos descontados, recebendo apenas 12,966.

Flavinha foi a última e a melhor ginasta do país. Esbanjando carisma, praticamente cravou a apresentação e recebeu 14,500. A soma das apresentações deixou o Brasil na última posição ao final da segunda rotação.Lorrane Oliveira abriu no salto com um 14.566, uma boa nota para o Brasil. Jade Barbosa, na sequência, tirou um 14.933, motivo de muita comemoração nas arquibancadas e da própria atleta. Mas quem se recuperou e brilhou foi Rebeca Andrade.

Com um movimento de alto grau de dificuldade, a ginasta brasileira fechou a terceira do rotação com um excelente 15,400, deixando a seleção brasileira na sexta posição na classificação geral.Lorrane abriu a última rotação para o Brasil nas barras assimétricas. Com uma apresentação simples, mas sem erros, contabilizou 14,166 pontos. Na sequência, Jade teve um bom desempenho no aparelho, melhorando sua nota da classificatória, tirando um 14,391. Na última apresentação brasileira, Rebeca provou por que é considerada uma das melhores do país no aparelho, recebendo 14,900 dos juízes.

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