A Copa do Mundo já começa a conhecer suas possíveis sedes para a edição de 2026. Em pleno contexto de segregação, Estados Unidos e México se uniram, junto ao Canadá, e anunciaram nesta segunda-feira (10) a candidatura para receber o torneio.
Apesar da recente ordem do presidente Donald Trump para a construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México, as duas nações parecem ter deixado as diferenças no escanteio, pelo menos no que diz respeito ao futebol. Assim, poderão sediar a primeira Copa na América do Norte desde 1994.
A candidatura tripla é inédita na história da competição. Aliás, a única vez em que mais de um país recebeu o Mundial foi em 2002, quando Japão e Coreia do Sul dividiram a função. Caso o trio seja escolhido, o México se tornará o primeiro país a receber três Copas do Mundo (1970, 1986 e 2026). Os EUA, que já sediaram em 1994, teriam sua segunda edição e o Canadá poderá ver de perto a emoção da competição masculina pela primeira vez - já que, em 2015, foi o país-sede da Copa do Mundo Feminina.
Além da possibilidade de ser a primeira disputada em três países, a Copa do Mundo de 2026 será também pioneira no novo formato da competição, anunciado em janeiro deste ano pela Fifa. Serão 48 seleções disputando a taça - em contrapartida às 32 que disputam até 2022 - em um total de 80 partidas.
O conjunto formado pelas três nações, primeiro a se oferecer à entidade, é um grande favorito na disputa, principalmente por conta da situação dos outros possíveis candidatos.
Países europeus e asiáticos não podem se candidatar, pois estas confederações já irão receber as duas próximas edições do Mundial: Rússia em 2018 e Catar em 2022. A Colômbia, por sua vez, já expressou intenção em sediar, mas sua situação econômica é considerada questionável. O Marrocos é outro país que também mostrou interesse, mas já foi derrotado em outras ocasiões.
Por último, uma parceria entre Austrália e Nova Zelândia é estudada, apesar de os australianos já terem afirmado que não têm interesse. Além já terem sido derrotados na votação que decidiu a sede de 2022, fazem parte da confederação asiática, o que torna necessária uma reavaliação das regras.
Escolha
Ainda estamos longe, no entanto, de saber de fato a sede da Copa de 2026. As candidaturas podem ser feitas até dezembro de 2018. A avaliação da Fifa, então, deve ser finalizada até fevereiro de 2020 para que somente em março do mesmo ano seja escolhido o anfitrião.