Evo Morales viajou em avião envolvido em acidente 14 dias antes

“A autonomia do combustível tem que ser investigado”, disse ele.

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O presidente da Bolívia, Evo Morales viajou no dia 15 de novembro no avião da LaMia que caiu na última terça-feira na Colômbia. Fotos publicadas pela internauta boliviana Kelin Zabala mostram os registros de catorze dias atrás. As informações foram publicadas pelo portal “Pagina Siete”, da Bolívia. Na data das imagens compartilhadas no Facebook, o presidente participou de uma cerimônia na cidade amazônica de Rurrenabaque, em Beni, capital de Trinidad.

Segundo o portal, a divulgação das fotos gerou uma polêmica no país, já que numa coletiva de imprensa na última sexta-feira, no palácio presidencial, Morales havia dito que não sabia que a empresa aérea tinha sido autorizada nem que se tratava de uma companhia com matrícula boliviana. No voo da LaMia também estavam o ministro Juan Ramon Quintana e o governador de Beni, Alex Ferrier, além de outros funcionários do governo, segundo o "Pagina Siete". Na ocasião, o avião tinha logotipos com marcas do governo de Beni dentro e fora da carcaça.

De acordo com a imprensa boliviana, a agência de notícias estatal “ABI” também publicou fotos da aeronave na pista de pouso. Outra evidência da presença de Morales na aeronave foi um post do piloto Miguel Quiroga, morto no acidente, no dia da presença do presidente no avião: “LaMia tem a placa ‘Corporation’ e o presidente Evo Morales em seu vôo Rurrenabaque -Trinidad”.

O próprio presidente admitiu um detalhe que faz a ligação com empresa aérea: o CEO da empresa, Gustavo Vargas, foi seu piloto. Morales também disse que não iria interferir na investigação.

“A autonomia do combustível tem que ser investigado”, disse ele.

Vargas admitiu que a aeronave violou o plano de reabastecimento em Cobija, cidade fronteiriça da Bolívia com o Brasil ou Bogotá. Na última quinta-feira, o governo boliviano suspendeu as operações da LaMia.

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