O passado corintiano ficou para trás, distante do Palestra Itália. Durante a apresentação como novo reforço do Palmeiras para a temporada, Ewerthon evitou comentar sobre a sua relação com o time do Parque São Jorge, que o revelou para o futebol. E abusou do clichê ?vim para somar? para iniciar um namoro com a nova casa.
- Tenho respeito pelo Corinthians e sempre disse isso. Só que hoje sou palmeirense. O Corinthians está no passado e só tenho de dar declarações sobre o Palmeiras. Não tenho distância de lá, pois foi importante na minha vida, assim como o Borussia, o Stuttgart, o Espanyol e o Zaragoza. Mas a minha época já passou. Tenho de falar do presente e meu presente é verde, como o Palmeiras. Vim para somar e ajudar - declarou o atacante, que assinou com o Alviverde até o fim de 2011.
Distante do Brasil há quase nove anos, o atacante afirmou que voltou para ficar mais perto da família e para ser feliz no Brasil, outro clichê comum dos jogadores que deixam a Europa.
- A felicidade do jogador é o que mais importa. É uma emoção estar aqui depois de uma negociação difícil. O momento é de felicidade por voltar ao Brasil, para minha casa e estar no Palmeiras. Quero ser feliz aqui.
A negociação para que o atacante acertasse com o Palmeiras se arrastou por quase dois meses. Quando ainda estava no Zaragoza, o atleta recusou uma proposta do Betis por já estar acertado com o clube brasileiro. Depois, precisou esperar a sua rescisão e o acerto de contas com os espanhois para retornar novamente ao Brasil.
Aos 28 anos, Ewerthon se diz mais experimentado e preparado. Fruto da vivência fora do país. A velocidade, característica que o notabilizou no Corinthians, porém, continua a mesma. Ele afirma, no entanto, que ainda não sabe quando poderá estrear pelo novo clube, pois precisa aprimorar a parte física.
- Continuo veloz, só que com mais experiência. Gosto de me movimentar bastante, sou rápido e isso não mudou. Vinha trabalhando separado, sozinho, a parte física. Necessito de um tempo para trabalhar em grupo. Tenho de falar com a comissão técnica, e eles me dirão em quanto tempo posso voltar.
Diferente mesmo está a aparência do jogador. Em meio ao visual com blusa em decote ?vê? branca e correntão dourado, o que se destacava era uma careca brilhante e lisa.
- Voltei mais bonito. Agora eu raspo todo o cabelo. Não fui abençoado para ter cabelo, mas tenho o dom para jogar bola. E saio bem na foto - brincou.