Kieron Dyer, 39 anos, ex-jogador de futebol que atuou pela seleção inglesa em 2002 revelou que quando tinha apenas 11 ou 12 anos de idade sofreu abuso sexual praticado por seu tio-avo, Kenny.
O ex-jogador contou ao diário britânico Daily Mail os detalhes da violência sofrida na infância.
"Acordei na hora, mas sentia medo de abrir os olhos. Kenny deslizou sua mão pelas minhas calças enquanto eu estava dormindo e ele estava me acariciando. Fiquei gélido. Estava petrificado. Não sabia o que fazer. Kenny deve ter sentido que acordei porque começou a me calar e tentar me tranquilizar", contou o ex-meio-campista.
“Ele falou para eu deixar que terminasse o que estava fazendo. Disse que me compraria muito chocolate. Baixou minhas calças até os tornozelos.”
“Eu sabia que era algo terrivelmente errado o que ele estava fazendo, mas eu estava congelado. Não conseguia me mexer, falar, fazer nada”, contou o ex-atleta, que contou também que Kenny fez sexo oral nele e, apenas alguns minutos depois, conseguiu afastar seu tio-avô, que pediu segredo sobre o ocorrido.
Kenny faleceu quando o sobrinho-neto tinha 21 anos, mas o atleta, já em um ótimo momento de sua carreira, preferiu não contar à família naquele momento.
Dyer foi um meia de razoável sucesso na Inglaterra. Atuou por Ipswich Town, Newcastle, West Ham, Queens Park Rangers e Middlesbrough. Defendeu a seleção inglesa por 33 partidas, chegando a estar nos grupos que disputaram a Copa do Mundo de 2002 e a Eurocopa de 2004.
Ele lançará, em breve, uma autobiografia. Nela, contará sobre o caso do abuso sofrido e os traumas causados pelo ocorrido, além, é claro, de falar da carreira no futebol.
"Na minha vida e na carreira no futebol, cometi grandes erros. Mas sempre tive escolha. Sabia o que estava bom e o que estava ruim e pude escolher. Mas o abuso é provavelmente a única coisa em que não tive escolha. Não pude fazer nada naquele momento", afirmou.