Da fama no futebol a um caminho para tentar fugir das drogas. Essa é a história do ex-atacante Alex "Raça" Rossi, que teve passagens marcantes por Avaí e Internacional. Também apelidado de Touro nos tempos de atleta, o ex-jogador luta contra o vício do crack aos 45 anos. Com aparência de ter mais idade.
Desde a última semana, Alex está isolado em uma fazenda da família, em Cacequi, no interior do Rio Grande do Sul. Após ficar em uma clínica de reabilitação, a previsão agora é de que fique mais um mês internado.
Em depoimento gravado antes do tratamento, ele relatou a cena que o fez querer largar a dependência.
- Eu fiquei quatro noites e quatro dias sem comer e sem dormir, só bebendo água e na "pedra". Foi uma coisa rápida, de ira. Eu entrei naquilo e me bateu aquela fissura, achei que não tinha mais volta. Sentei com a minha mãe e mulher. Eu estava desfigurado. Fui levantar e quase caí. Minha mãe disse: "Mano, quer tomar um soro?". Aí nós chegamos no hospital, tomei o soro. Me mostraram os internados e resolvi me internar também - relatou o ex-jogador.
Alex encerrou sua carreira em 2003, pelo Tupi-MG. No Avaí, jogou nas temporadas de 1999 e 2001. Na primeira passagem pelo clube catarinense, foi comandado por Cuca. Também defendeu o Corinthians, em 1996. No Internacional viveu momento glorioso, conquistando os títulos dos Campeonatos Gaúchos de 91 e 92. Outro título que conquistou foi o de campeão paraguaio pelo Cerro Porteño em 92.
No depoimento, o ex-atacante deixa um conselho para os que têm ou tiveram experiência parecida com a dele.
- Para quem pensa que vai sair da droga e está querendo entrar: é a maior furada. Graças a Deus estou aqui em casa hoje. Estou um pouco triste porque vou ter que ficar um mês para finalizar esse processo. Mas vai dar tudo certo - disse Alex, emocionado.