Ex-nadadora Rebeca Gusmão está internada em UTI no Distrito Federal

A pedido da família, o hospital não está autorizado a dar informações sobre o estado de saúde de Rebeca.

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A ex-nadadora Rebeca Gusmão, de 29 anos, está internada na UTI do Hospital Regional de Saúde de Samambaia, no Distrito Federal. De acordo com nota publicada no blog "Eixo Capital", do jornal Correio Braziliense, na quinta-feira ela deu entrada no Hospital do Guará, com suspeita de intoxicação exógena (ingestão de medicamentos). Ficou internada na área destinada a pacientes graves e foi transferida depois para HRS. A pedido da família, o hospital não está autorizado a dar informações sobre o estado de saúde de Rebeca.

Em 2007, no Pan do Rio ela foi a primeira nadadora brasileira a ganhar medalha de ouro na história da competição. Dois anos depois, foi banida do esporte por doping. Atualmente trabalha como diretora de Apoio ao Atleta da Subsecretaria de Esporte, em Brasília.

Através de sua assessoria de imprensa, a Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos (CBDA) informou que o presidente Coaracy Nunes conversou por telefone com o pai de Rebeca, Ajalmar, e se colocou à disposição da família para auxiliar no que for necessário.

Rebeca foi banida do esporte em 2008

Quando estava no auge de sua carreira, em 2007, a vida de Rebeca começou a ganhar novos rumos. Após a euforia de se tornar a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, e ainda competindo em casa, no Rio de Janeiro, a nadadora viu sua carreira desmoronar. Em setembro, com mais de um ano de atraso, surgiu o primeiro resultado positivo para testosterona exógena, em exame realizado em maio de 2006. Divergências entre a brasileira e o laboratório Armand Frappier, em Montreal, no Canadá, acabaram levando o caso para a Corte Arbitral do Esporte (CAS), que, em um primeiro momento, se disse incapaz de julgar o caso.

Dois meses depois, a Federação Internacional de Natação (Fina) divulgou o resultado positivo de Rebeca para a mesma substância em exame realizado no primeiro dia do Pan, 13 de julho, e enviado também para o laboratório de Montreal. Assim como na primeira vez, a nadadora seguiu negando que tivesse usado algo proibido. Além dos dois casos de doping, foram encontrados dois DNAs diferentes nas amostras coletadas da urina de Rebeca dos dias 12 e 18 de julho de 2007. Os resultados dos exames, que haviam sido solicitados pela Odepa, deram negativo.

Com a forte repercussão sobre o caso, o Comitê Olímpico Brasileiro decidiu entregar a investigação da possível fraude à Polícia. Em seu depoimento, a atleta disse mais uma vez ser inocente e revelou sofrer perseguição por parte do médico e diretor de doping da Odepa, Eduardo de Rose. O Ministério Público decidiu denunciar a nadadora Rebeca Gusmão por falsidade ideológica, encaminhando o caso para a Justiça.

Em maio de 2008, a brasiliense foi suspensa por dois anos pela Federação Internacional de Natação pelo resultado positivo para testosterona do exame realizado no dia 13 de julho de 2007, no Pan do Rio. Com isso, ficou fora dos Jogos de Pequim. Dois meses depois, enfim, Rebeca também foi suspensa pela Fina pelo resultado positivo do exame antidoping realizado em maio de 2006. Por acumular duas punições, Rebeca Gusmão acabou banida do esporte.

Rebeca escapou, porém, de uma condenação por falsidade ideológica. Em agosto de 2009, ela foi absolvida da acusação, uma vez que não foram encontradas provas suficientes para a Justiça analisar o caso.

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