Michel Zen-Ruffinen, ex-secretário-geral da Fifa, foi flagrado identificando supostos funcionários suscetíveis a subornos dentro da entidade máxima do futebol mundial. O assunto em questão se relaciona às candidaturas para as Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Repórteres do jornal inglês The Sunday Times se passaram por outras pessoas - representantes de empresas norte-americanas - e, por meio de câmeras escondidas, filmaram o ex-braço-direito de Joseph Blatter revelando afirmações bombásticas e se ofercendo como o intermediador da irregularidade.
Em alguns trechos, ele afirma que inúmeros membros são subornáveis mediante dinheiro e até mesmo com prostitutas. Descreveu também que um deles era considerado "o maior gângster do mundo" e que não poderia ser comprado por menos de US$ 500 mil.
O último encontro de Zen-Ruffinen com os repórteres da publicação britânica ocorreu em Londres. Segundo ele, a Espanha, um dos principais rivais da candidatura da Inglaterra para o Mundial de 2018, havia formando uma aliança com o Qatar, candidata para 2022. Os países tinham sete membros dispostos a votar em ambas as candidaturas. A Fifa já organizou uma Comissão de Ética para apurar possíveis acordos.
Zen-Ruffinen, de 51 anos, já declarou que entrará na Justiça contra o periódico, pois é proibido gravar imagens de uma pessoa de forma clandestina em território suíço.