As forças armadas serão as responsáveis por garantir a segurança das transmissões de televisão e da energia da Copa-2014. Esses serão um dos poucos casos em que os militares atuarão diretamente, e não apenas como grupo de reserva. Haverá 57 mil homens das forças na proteção do evento.
As transmissões de televisão são estratégicas para a Fifa no Mundial. A maior receita da entidade é recebida de redes de televisão, além disso patrocinadores pagam por terem suas marcas exibidas para o mundo inteiro. Uma queda no sinal durante o jogo é vista pela federação internacional como uma catástrofe.
A preocupação com o tema é tão grande que a Fifa decidiu até pagar R$ 47 milhões pelos estruturas de geradores para broadcast, redes de televisão. Esses gastos, inicialmente, seriam pagos pelo governo federal, mas a federação internacional decidiu banca-los para não correr riscos. No caso do Exército, a proteção às redes de telecomunicações são justificadas por ser uma área estratégica.
?Vamos aumentar a proteção a infraestruturas críticas junto às concessionárias. São os casos de energia e telecomunicações", afirmou general Jamil Megid Junior, responsável do Ministério da Defesa para a Copa-2014.
A aeronáutica ainda garantirá o fechamento do espaço aéreo nos estádios durante os jogos. Outra função das forças armadas será fazer inspeções em estádios e centros de treinamento antes da chegada dos times. ?Faremos varreduras para identificar possíveis atos de terrorismo", contou Megid.
Em relação à contenção dos protestos, o exército só atuará se as forças de segurança públicas se mostrarem impotentes diante de manifestantes e os Estados requisitarem ajuda. De resto, ficarão como força de reserva. O total do investimento do Ministério da Defesa na segurança da Copa é de R$ 700 milhões.