Fabrício sempre foi titular por onde passou. Experiente, chegou ao São Paulo no início de 2012 com a moral de quem seria uma extensão do capitão Rogério Ceni dentro de campo. De personalidade forte, ele era considerado a peça ideal para mudar o perfil de um grupo que havia desaprendido a conquistar títulos. Mas, dois anos depois, o meio-campista vive a experiência de estar encostado no elenco. Às vezes, fica fora até de coletivo no CT da Barra Funda. Situação que não deve mudar até dezembro, quando acaba seu vínculo com o clube.
Pode-se dizer que Fabrício não teve sorte no São Paulo. Chegou com uma lesão na panturrilha e no tendão da perna esquerda. Ficou dois meses em tratamento. Quando voltou, teve outras duas lesões musculares. Para piorar, no dia 18 de junho de 2012, torceu o joelho esquerdo em jogo contra o Atlético-MG e sofreu rompimento do ligamento cruzado. Foram nove meses parado. Na volta, entrou em rota de colisão com o então técnico Ney Franco e acabou afastado. Ganhou nova vida com Paulo Autuori, mas foram só dois meses. Com Muricy Ramalho, tornou a cair no ostracismo.
Apesar de tudo isso, o meio-campista de 32 anos não reclama. Neste início do ano, teve pelo menos cinco propostas para sair, duas delas de Goiás e Sport, mas não quis. Com salários estimados em R$ 200 mil mensais, o volante diz que não tem mágoa de Muricy Ramalho, mas afirma que não vai "puxar o saco de ninguém" para ganhar uma chance. Com a família adaptada a São Paulo, ele descarta sair agora. Uma transferência só será estudada a partir de janeiro de 2015.