A farmácia Anna Terra, acusada de ter contaminado com furosemida as cápsulas de cafeína consumida por Cesar Cielo e seus companheiros de equipe não foi consultada pela CAS (Corte Arbitral do Esporte). "Nunca fomos consultados para apresentar nossa versão", disse a advogada da farmácia, Rosely Pozzi.
O estabelecimento, localizado em Santa Bárbara d"Oeste (SP), cidade natal do nadador, refuta a contaminação cruzada, tese usada pela defesa de Cielo.
"A Anna Terra não é responsável por qualquer ato ou conduta que redundou no resultado positivo do exame antidoping a que o nadador se submeteu em maio", disse, por nota, a advogada.
"Todas as notícias que envolvem o nome da farmácia são aquelas colhidas na imprensa, uma vez que [a farmácia] não teve acesso às informações e documentos levados ao processo da CBDA, instaurado para apurar a culpa do atleta", completou.
Em outros julgamentos no passado, farmácias de manipulação acusadas de terem contaminado suplementos foram consultadas pela CAS durante a audiência.
O advogado Marcos Motta citou como exemplo o caso Dodô, no qual atuou. Segundo ele, a farmácia foi ouvida pela corte e negou contaminação nas cápsulas, tese usada pela defesa do jogador de futebol.