
A mais de nove anos do início da Copa do Mundo de 2034 na Arábia Saudita, já surgem polêmicas relacionadas às obras de infraestrutura. Em 12 de março, Muhammad Arshad, um trabalhador paquistanês, sofreu um acidente fatal durante a construção do Estádio Aramco, em Al-Khobar. Arshad caiu de um nível superior ao se desequilibrar em uma plataforma inclinada, não estando devidamente conectado aos equipamentos de segurança. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital.
O Grupo Besix, empresa belga responsável pela construção, confirmou o incidente e afirmou que está cooperando com as autoridades na investigação do acidente. A Aramco, proprietária do estádio, enfatizou seu compromisso com a segurança e prometeu uma revisão completa do ocorrido.
Morte em obras
Arshad, que trabalhava como capataz, deixou três filhos com idades entre dois e sete anos. Seu corpo foi repatriado para o Paquistão em 18 de março e sepultado próximo à sua residência. De acordo com a legislação trabalhista saudita, a família tem direito a indenização, e o Besix se comprometeu a prestar o suporte necessário.
Organizações de direitos humanos já haviam alertado sobre possíveis abusos contra trabalhadores migrantes nas obras para a Copa de 2034. A morte de Arshad reforça essas preocupações, destacando a necessidade de medidas rigorosas de segurança e proteção aos direitos desses trabalhadores.