A rápida ascensão de Charles Leclerc na Fórmula 1 colocou a academia de formação de pilotos da Ferrari, a Ferrari Driver Academy (FDA), em evidência. E a equipe planeja expandir ainda mais o trabalho da FDA, trazendo inclusive jovens mulheres para dentro do programa.
A última vez que uma mulher esteve no comando de um carro de Fórmula 1 foi há 43 anos. Em 1976, a italiana Lella Lombardi foi piloto titular da Williams em 12 corridas. Desde então, outras três mulheres estiveram inscritas, mas nunca chegaram a disputar uma prova. Mais recentemente, em 2018, Tatiana Calderón atuou como piloto de testes da Sauber
"As mulheres devem fazer parte da Ferrari Driver Academy. É algo em que estamos trabalhando agora para garantir que isso aconteça muito em breve", afirmou o chefe de equipe da Ferrari Mattia Binotto.
A construtora italiana tem tradição de trazer pilotos caros que tiveram sucesso em outras equipes, como aconteceu com Michael Schumacher, que foi bicampeão pela Benetton antes de ser contratado. A trajetória de Leclerc é uma exceção, um primeiro passo no projeto de desenvolvimento.
Hoje, a FDA tem Mick Schumacher, filho do heptacampeão alemão, como o principal prospecto, ao lado do russo Robert Shwartzman, campeão da Fórmula 3. Mick, que vai competir da F2 ao lado de Shwartzman, pode chegar à principal categoria do automobilismo em um futuro próximo.
- Acredito que essa próxima temporada será chave para ele [Mick] entender o quanto está progredindo. Estamos com muita expectativa para o próximo ano, porque ele já terá um ano de experiência. Tenho certeza que é um bom candidato à F1 no futuro - analisou o chefe da equipe italiana.
Aos 20 anos, Mick Schumacher disputou a temporada 2019 da Fórmula 2, conquistando uma vitória em 22 corridas e terminando o campeonato na 12ª posição. No ano anterior, o alemão foi campeão da Fórmula 3 europeia.