A Fifa condena a violência nas manifestações no último fim de semana e afirma que está "confiante" de que o plano de segurança que o governo brasileiro desenvolveu vai funcionar durante a Copa do Mundo e que os torcedores estarão protegidos.
Em uma declaração realizada nesta segunda-feira, a entidade máxima do futebol comentou os protestos do último sábado, e que levou a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião de emergência.
"A Fifa respeita totalmente o direito de as pessoas protestarem de forma pacífica, sempre que os direitos dos demais também sejam respeitados", disse a entidade. "Mas condenamos qualquer forma de violência", alertou.
"Estamos confiantes de que o conceito de segurança adotado pelas autoridades brasileiras vai garantir a segurança de torcedores, delegações e imprensa", indicou.
De acordo com a Fifa, esse modelo "funcionou bem" durante a Copa das Confederações e está baseado em uma estratégia que já foi usada e testada com sucesso em outras Copas.
Preocupação - Se publicamente a Fifa se diz "confiante", membros da entidade responsáveis pela segurança confessaram ao Estado já na semana passada que consideram as manifestações no Brasil como "uma séria ameaça" para a Copa.
Tanto o governo quanto a Fifa já trabalham com o cenário de que essas manifestações vão se repetir na Copa. Em Zurique, a entidade vem adotando uma estratégia de mostrar que a Copa pode ter seu lado social, num projeto anunciado ao lado da presidente Dilma Rousseff. A iniciativa envolve ações para combater racismo, incentivar o futebol feminino e promover a paz.
Questionado pelo Estado em Davos no fim de semana, a ministra Helena Chagas, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, admitiu que "não sabia" dos detalhes sobre como esse plano será adotado. Mas indicou que, para promover a paz, uma pomba seria solta em cada jogo.