Por conta do conflito de interesses, a Fifa impôs limites à atuação de Ronaldo como conselheiro do COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014. O ex-jogador não poderá associar seus patrocinadores a sua função no organismo que rege o Mundial.
Mas o jogador falou sobre o cargo em seu microblog ligado à Claro, concorrente da Oi, parceira da Copa-2014.
Em resposta a questionamentos da Folha, a Fifa deixou claro que não tolerará esse tipo de interferência na exposição de seus parceiros.
Além da Claro, Ronaldo também é garoto-propaganda do Guaraná Antartica, concorrente da Coca-Cola. E tem negócios com a Procter & Gamble e a Hypermarcas, que atuam em área similar à Johnson & Johnson, outra parceira da Copa.
"Ronaldo pode ter patrocinadores pessoais em sua posição de ex-jogador. Mas qualquer um desses patrocinadores deve estar limitado as suas atividades como ex-jogador", afirma a Fifa.
"Os patrocinadores pessoais de Ronaldo não têm autorização para criar nenhum tipo de associação com a Copa e a Fifa", acrescenta o órgão máximo do futebol.
Para exemplificar, a entidade lembra que times e jogadores podem ter patrocinadores pessoais, mas jamais associá-los aos seus desempenhos em Copas.
Mas Ronaldo postou ontem pelo menos sete mensagens sobre o cargo no COL no seu Twitter, feito pela Claro.
"Nosso canal de comunicação está aberto. Por mais que não consiga falar com todos, espero opiniões de vocês por aqui", diz uma das mensagens do novo cartola, que usou a expressão Copa-2014, exclusiva da Fifa.
Ou seja, um dirigente do COL receberá sugestões para sua gestão em site associado a patrocinador concorrente do associado à Copa.
Como a Fifa não foi específica sobre os limites a Ronaldo, não fica claro se isso fere seus procedimentos.
"A Fifa está convencida de que Ronaldo vai respeitar completamente a estrutura comercial da Copa do Mundo e de seus patrocinadores", ressaltou a entidade.