Flamengo encara o River hoje na decisão da libertadores

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Flamengo | Imagem: Pilar Olivares/Reuters
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Era abril de 2009 quando o então presidente do Flamengo, Márcio Braga, soltou a frase fatídica em uma entrevista na sede do clube: "Acabou o dinheiro". Sua declaração era uma referência aos gastos insustentáveis com atletas dos esportes olímpicos. Mas poderia refletir tranquilamente a realidade dos cofres vazios do futebol. A afirmação virou meme e símbolo de um clube incapaz de se sustentar com as próprias forças. Um cenário construído por seguidas administrações ruinosas aos cofres rubro-negros. O tempo passou e, em novembro de 2019, o Fla entrará em campo diante do River Plate para enfrentar sua primeira final de Libertadores desde de 1981. Com informações do Uol.

Imagem: Pilar Olivares/Reuters 

Não é um resultado nem de longe isolado como foi o título brasileiro conquistado pelos rubro-negros naquele 2009. Essa condição de finalista conquistada pelos cariocas é fruto de sete anos de uma gestão voltada a tocar o clube de forma empresarial que o transformaram na agremiação mais rica da América do Sul.

A final de hoje (23), às 17h, no Monumental de Lima, pode significar não apenas o sonhado bicampeonato da Libertadores para o Rubro-negro, mas também a redenção para um clube que se reconstruiu nos últimos anos e pode coroar o saneamento financeiro com a glória em campo. O renascimento do gigante teve início em 2013, quando o presidente Eduardo Bandeira de Mello e seu grupo assumiram o comando de um clube que beirava os R$ 800 milhões em dívidas. 

A reestruturação veio, mas a potência demonstrada fora das quatro linhas ainda não se traduziu em grandes conquistas. Exceção feita ao título da Copa do Brasil daquele ano, o Rubro-negro levantou três cariocas e teve de aturar a gozação do "cheirinho". O jogo, no entanto, virou. Com a casa arrumada, o Flamengo foi somando jogadores importantes ao seu elenco. 

Em 2019, nada menos que nomes como Gabigol, Arrascaeta, Rafinha, Gerson, Filipe Luís e Bruno Henrique desembarcaram na Gávea. Com poder de fogo para investir, o Flamengo deu um recado claro aos adversários: os rubro-negros querem retomar a hegemonia e protagonismo perdidos. Com o Brasileirão encaminhado, a conquista continental igualaria feito que só o Santos de Pelé atingiu. Um pagamento com juros e correção para uma torcida que festejou mais êxitos fora do que dentro das quatro linhas.

Para que esse novo status do clube se materialize, o último obstáculo será o último campeão da competição. Credenciados por seguidas boas campanhas, os argentinos chegam leves ao jogo final e prometem ser um adversário dos mais duros. Um dos primeiros grandes nomes que chegaram neste Fla dos tempos de bonança, Everton Ribeiro foi testemunha desta transformação. "Tudo que passamos nos fortaleceu para este momento e nos deixar confiante para um grande jogo. Todas as derrotas, tudo que aconteceu. Quem foi chegando assimilou muito bem o que é o Flamengo, o que o Mister quer e nos deixou a um passo de ser um grupo vencedor", ressaltou o capitão. 

Esta nova dimensão de conquistas que o clube persegue já é sentida por Jorge Jesus, que enxerga no Rubro-negro uma grandeza que carece apenas de troféus para se expandir ainda mais. "Digo que o Flamengo é o maior clube do mundo. Não digo esportivamente, que é o Real Madrid. Mas a sua dimensão, levando em conta os torcedores, é o maior clube do mundo". 

A 90 minutos da conquista, o Flamengo pode, enfim, ajustar discurso com ação. Para quem está há tanto tempo esperando pelas sonhadas taças, esta decisão de hoje parece durar uma eternidade para começar. 

FICHA TÉCNICA FLAMENGO X RIVER PLATE 

Local: Estádio Monumental, em Lima (Peru) 

Data: 23 de novembro de 2019 (Sábado) 

Horário: 17h (de Brasília) 

Árbitro: Roberto Tobar (CHI) 

Assistentes: Christian Schiemann (CHI) e Claudio Rios (CHI) 

VAR: Esteban Ostojich (URU) 

FLAMENGO Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, De Arrascaeta e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus. 

RIVER PLATE Armani, Montiel, Quarta, Pinola e Casco; Enzo Pérez, Nacho Fernández, Palacios e De la Cruz; Borré e Suárez. Técnico: Marcelo Gallardo. 

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