Em um Maracanã que escancarava o "novo normal" do futebol, o Flamengo manteve a prática do "velho normal" sob o comando de Jorge Jesus. Em um texto para analisar somente o que se viu em campo nos 90 minutos de bola rolando, a melhor definição vem através da imagem de Diego Alves solitário na metade que lhe pertencia naquele latifúndio, enquanto seus companheiros amassavam o Bangu. Com informações do GE e Futebol da Galera.
Se a atmosfera silenciosa naturalmente jogava contra a intensidade costumeira do atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Flamengo encurralava o time de Moça Bonita em ritmo de treino. À rigor, o Bangu teve um lance perigoso em chute de Juan Felipe da entrada da área já no segundo tempo. O resto do jogo foi desenhado a partir da intermediária ofensiva rubro-negra.
Com o campo de atuação reduzido, obviamente faltavam espaços. Era muita gente na entrada da área do Bangu, e o Flamengo trabalhou pacientemente a bola para abrir o campo. De um lado, até chegar a Filipe Luís, para o outro, de pé em pé até Rafinha. E deu certo.
Arrascaeta já tinha aparecido bem de cabeça em duas bolas aéreas quando um cruzamento do lateral-direito desviou na zaga do Bangu e parou nos seus pés. Autor do último gol rubro-negro antes da pandemia, o uruguaio reabriu o marcador na volta do futebol.
Nesta jogada, um detalhe evidencia duas coisas: a supremacia do Flamengo e a aglomeração (palavra muito escutada nos últimos meses) na entrada da área do Bangu. Foi Rodrigo Caio, na intermediária ofensiva e com muito espaço, quem pensou o jogo e encontrou Rafinha aberto.
Veja os gols: