A diretoria do Flamengo prevê gastar R$ 21,8 milhões com indenizações e despesas do incêndio que matou 10 adolescentes da sua divisão de base no CT do Ninho do Urubu. Esse valor está contabilizado no clube, entre o montante já utilizado e o previsto para casos pendentes. Até agora já foram desembolsados R$ 7,5 milhões com os acordos fechados e gastos como auxílios a familiares e a contratação de advogados. As informações são do UOL.
Um incêndio no dia 8 de fevereiro no CT do Ninho do Urubu matou dez jogadores da divisão de base do Flamengo que dormiam no local, além de ferir outros atletas. Até agora o clube conseguiu fazer três acordos com parentes de mortos na tragédia, enquanto outras sete famílias não aceitaram os valores propostos e uma já foi à Justiça. Já foram feitos acordos de indenizações com as famílias de todos os feridos.
Embora os valores das indenizações acordadas não tenham sido divulgados, o blog apurou que ultrapassam R$ 1 milhão por família de jogador morto. Esse valor foi atingido após negociação entre as partes. Inicialmente, o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria do Estado tinham pedido R$ 2 milhões por família, e o Flamengo tinha oferecido de R$ 400 mil a R$ 500 mil por cada um dos garotos mortos.
Esse montante oferecido pelo clube rubro-negro se baseia na jurisprudência da Justiça que costuma estabelecer indenizações neste patamar em casos de mortes, variando o total dependendo do número de parentes. Posteriormente, o clube passou a negociar diretamente com as famílias e decidiu subir sua oferta. Fechou em um valor que é mais do que o dobro do padrão, na visão de dirigentes rubro-negros.