Duas vitórias nos dois últimos jogos ? sobre Náutico e São Paulo ?, uma situação melhor na classificação do Campeonato Brasileiro e um prêmio milionário a caminho. A permanência do Fluminense na Série A em 2014 renderá R$ 1 milhão para ser dividido entre os jogadores e demais integrantes do departamento de futebol.
A promessa de premiação foi a estratégia adotada pelo presidente Peter Siemsen para motivar os jogadores durante o período em que o time ficou concentrado em Atibaia, após a derrota para o Flamengo. A turbulência com a derrota para o Corinthians e a consequente demissão de Vanderlei Luxeburgo não fizeram o dirigente esquecer o que foi combinado com o grupo.
Agora que oficializou sua candidatura à reeleição, Peter se mobiliza para saldar o compromisso tão logo o Tricolor escape definitivamente do risco de queda. Após a vitória sobre o São Paulo por 2 a 1, no último domingo, o risco de o Fluminense disputar a Série B caiu para 22%, segundo cálculos do matemático gaúcho Tristão Garcia.
Com a eleição marcada para o próximo sábado, Peter Siensem, que ontem recebeu o apoio oficial de Celso Barros, presidente da Unimed e com quem se desentendeu durante o ano, também espera solucionar o mais rápido possível outra dívida que tem com o elenco: a premiação pelo título do Brasileiro do ano passado. A conquista rendeu aos jogadores R$ 6 milhões, sendo a metade paga pela patrocinadora, o que já foi cumprido. A parte que cabe ao clube ficou condicionada à liberação das penhoras que o Tricolor sofreu pela Procuradoria da Fazenda Nacional.
A expectativa de Peter é que nos próximos dias seja liberada a verba de R$ 15 milhões da venda de Wellington Nem para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Com esse valor, seria possível terminar o Brasileiro com os salários em dia e as premiações quitadas. Há duas semanas, o Tricolor conseguiu saldar o mês de setembro dos funcionários. E, na última quinta-feira, pagou o mês de outubro aos funcionários que recebem até R$ 5 mil. Durante a temporada, jogadores e funcionários conviveram com atrasos salariais de até três meses.