RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)
Tecnicamente com um elenco superior, o Fluminense jogou com inteligência, suportou a pressão da torcida do Cruzeiro e venceu novamente o rival celeste, desta vez no Mineirão, por 3 a 0, avançando para as quartas de final da Copa do Brasil. Em grande fase, Germán Cano deu assistência para o gol de Jhon Arias e deixou o dele em seguida. Nathan "fechou o caixão".
O Tricolor já havia vencido no jogo de ida, no Maracanã (RJ), por 2 a 1, e possuía a vantagem do empate. Ao Cruzeiro restava vencer por dois gols de diferença para se classificar ou por um, para levar a decisão aos pênaltis.
O adversário do Fluminense nas quartas de final será conhecido em sorteio a ser realizado pela CBF. Agora o time do técnico Fernando Diniz vira a chave para o Campeonato Brasileiro, onde no domingo (17) encara o São Paulo no Morumbi (SP). Já o Cruzeiro foca na Série B, onde é líder e enfrenta o Novorizontino, na mesma data, no Mineirão (MG).
FÁBIO OVACIONADO
Apenas em um momento as torcidas de Cruzeiro e Fluminense estiveram em sintonia no Mineirão. Assim que Fábio subiu para o gramado no aquecimento, os dois lados do Gigante da Pampulha se uniram para reverenciar o jogador. Ambas cantaram a tradicional música de melhor goleiro do Brasil. Timidamente, Fábio acenou e reconheceu o carinho. O ex-camisa 1 celeste deixou o clube em janeiro após situação conturbada com a SAF de Ronaldo Nazário e reencontrou o ex-time no Mineirão pela primeira vez. Em campo, fez uma grande partida.
No primeiro tempo, o Cruzeiro teve suas melhores oportunidades em cruzamentos oriundos das laterais. Nestes lances, o goleiro Fábio boas defesas, sendo uma com Edu em condição de impedimento.
Já o Fluminense iniciou melhor o primeiro tempo, explorando os contra-ataques e desperdiçando boas oportunidades, onde faltou capricho na conclusão das jogadas.
Após um lance de possível mão do zagueiro Manoel não marcado por Raphael Klaus, o técnico Paulo Pezzolano se descontrolou à beira do gramado. O treinador foi punido com o cartão vermelho, tentou invadir o campo, e precisou ser contido por membros da comissão técnica e jogadores.
Depois, ele avançou em direção ao juiz aos gritos e apontou o dedo no rosto de Klaus antes de descer para o vestiário. Os torcedores se inflamaram nas arquibancadas aos gritos de "Ah, é Pezzolano", enquanto o treinador descia para os vestiários.
No segundo tempo, o Cruzeiro precisava marcar e foi para cima. Obrigou Fábio a fazer duas defesas, mas não criou nenhuma chance contundente. E como partiu para cima, deixou espaços para que o Fluminense construísse seu placar.
O primeiro gol saiu aos 24 minutos em uma bela jogada pela esquerda. A bola chegou a Cano, que deixou Arias livre para tocar por cima de Rafael. Quinze minutos depois, foi a vez de o argentino ampliar após grande jogada e cruzamento de Martinelli pela direita. Já nos acréscimos. Nathan fechou a conta em um chute desviado na defesa.
PANCADARIA NA ARQUIBANCADA
Torcedores de Cruzeiro e Fluminense se envolveram em uma pancadaria na arquibancada do Mineirão (MG) minutos antes da bola rolar.
A confusão aconteceu na divisória entre as torcidas e alguns deles trocaram socos enquanto seguranças particulares tinham dificuldades para apartar a briga. Grades tentaram ser retiradas e alguns assentos foram atirados, mas a Polícia Militar chegou a tempo e dispersou o tumulto com o uso de gás de pimenta.
O artefato, porém, se dissipou pelo ar e invadiu o setor de imprensa, causando dificuldade na respiração dos jornalistas presentes no estádio para a cobertura do jogo.
O início da pancadaria se deu após torcedores do Fluminense invadirem o setor que estava isolado por grades para separar as torcidas. O clima ainda é tenso no setor dos visitantes.