Foragido da Justiça, presidente da Mancha Verde abandona o cargo e vai se entregar

Por meio de seus advogados, Jorge Luís manifestou publicamente sua intenção de colaborar com as autoridades.

Jorge Luís afirma estar absolutamente à disposição do Poder Judiciário | Reprodução/Instagram
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A Mancha Verde anunciou, nesta segunda-feira (9), a renúncia de Jorge Luís Sampaio Santos ao cargo de presidente da torcida organizada. O ex-mandatário está foragido e é acusado de ser um dos mentores da emboscada promovida pela torcida contra membros da Máfia Azul, do Cruzeiro, em um atentado ocorrido em 27 de outubro, em Mairiporã, São Paulo. O ataque ao ônibus dos cruzeirenses deixou 17 feridos e uma vítima fatal. Em uma nota oficial, Jorge Luís afirmou que se entregará à Polícia Civil.

Por meio de seus advogados, Jorge Luís manifestou publicamente sua intenção de colaborar com as autoridades. “Por meio do escritório JACOB ALCARAZ SOCIEDADE DE ADVOGADOS, Jorge Luís Sampaio Santos, manifesta-se publicamente a respeito da investigação conduzida pela Polícia Civil que resultou na expedição de uma ordem de prisão em seu desfavor. Em sua declaração, Jorge afirma estar absolutamente à disposição do Poder Judiciário e informa que se entregará voluntariamente às autoridades, apesar de reconhecer a dificuldade dessa decisão”, afirmou a nota.

A Mancha Verde, por sua vez, anunciou que o comando da torcida será assumido por um conselho administrativo, que ficará responsável pelas decisões da entidade até junho de 2025, quando novas eleições serão realizadas. "A Mancha Alvi Verde anuncia a renúncia do presidente Jorge Luís Sampaio Santos e comunica que será dirigida por um conselho administrativo, o qual será o responsável pelas decisões da entidade até a próxima eleição em junho/2025", informou a torcida através de suas redes sociais.

O ataque da emboscada aconteceu durante a madrugada do dia 27 de outubro, em Mairiporã, quando membros da Máfia Azul foram emboscados enquanto viajavam em um ônibus. A ação foi extremamente violenta e resultou em 17 pessoas feridas e uma morte. A polícia de São Paulo concluiu, após investigações, que Jorge Luís Sampaio Santos foi o “mentor intelectual” do atentado, levando à expedição de um mandado de prisão preventiva em seu nome.

Jorge Luís ainda não foi localizado pelas autoridades e é tratado como foragido. Durante seu tempo à frente da Mancha Verde, ele presidiu a torcida por três anos. Em sua renúncia, o ex-presidente se disse inocente e afirmou que sua decisão de deixar o cargo foi necessária para proteger sua família e focar em sua defesa. "Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência", declarou ele.

A situação gerou grande repercussão no cenário esportivo, especialmente no futebol paulista, onde a torcida organizada tem uma forte presença. O caso segue sob investigação, e a polícia continua as buscas por Jorge Luís, que permanece foragido.

Confira a nota de Jorge Luís Sampaio Santos à Mancha Verde: 

“À Mancha Alviverde, 

Nos últimos três anos, orgulhosamente ocupei o cargo de presidente do Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde, uma organização histórica com mais de 90 mil sócios que realiza inúmeros projetos sociais e se dedica incansavelmente a promover a união no futebol.  

Devido aos acontecimentos recentes, contudo, não posso mais continuar. Comunico a todos que renuncio à presidência dessa valorosa torcida, cujos interesses estão acima de qualquer ato isolado. Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência"

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