Pouco antes da saída de Aldo Rebelo e entrada de George Hilton, o Ministério do Esporte divulgou o balanço final dos valores dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014: R$ 8,333 bilhões foram investidos na construção ou reforma das arenas, sendo que R$ 3,815 bilhões saíram dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como empréstimo para as obras.
O estádio mais caro do Mundial foi o Mané Garrincha, que custou R$ 1,4 bilhão ao governo do Distrito Federal - sem a utilização de nenhum recurso do ProCopa (a linha de financiamento do BNDES para as obras). Em segundo lugar aparece a Arena Corinthians (R$ 1,080 bilhão), seguida pelo Maracanã (R$ 1,050 bilhão).
Pelo ProCopa, o BNDES poderia financiar até 75% da obra, com limite de R$ 400 milhões, com prazo de pagamento até 180 meses. O único estádio a não utilizar o empréstimo foi o Mané Garrincha.
A obra mais barata nas 12 cidades-sedes foi o Beira-Rio, que custou R$ 330 milhões ao Internacional em Porto Alegre (R$ 275,1 milhões emprestados pelo BNDES). Os números divulgados fazem parte do relatório "Copa 2014 - legados para o Brasil". No documento, o ex-secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, defendeu o uso do dinheiro público nos estádios:
- Houve muito exagero na preocupação com os elefantes brancos porque as pessoas se baseavam em experiências negativas como a da África do Sul, sede da Copa de 2010. Mas esses são países com muito pouca tradição em futebol. Nenhum deles têm a paixão pelo futebol que existe no Brasil. E que permite, por exemplo, no caso do Mané Garrincha, um ano após o início das operações da Copa das Confederações, em 2013, já ter registrado três vezes o público total que ele acumulou em seus quase 40 anos de existência.