Ginástica artística: Brasil tem Flavinha lesionada e Rebeca ao som de funk

Flavinha se classificou na última vaga, mas acabou se lesionando no solo; Rebeca agita com Baile de Favela

Atleta | Reuters
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Na primeira apresentação da subdivisão da ginástica, Flávia Saraiva conseguiu a marca de 13.966 na trave, que garantiu uma vaga na final do aparelho. Mas na apresentação seguinte, o solo, a ginasta brasileira lesionou o tornozelo e teve que desistir do resto da competição.

Flávia se machucou na queda da última passada do solo. A ginasta já tinha diminuído o grau de dificuldades das acrobacias por causa de uma lesão no tornozelo em maio. Ela caiu forçando em cima do pé direito, mas conseguiu se equilibrar.

Flávia Saraiva machuca tornozelo (Foto: reprodução)

Quando Flávia colocou o pé no chão, sentiu a dor e mal conseguiu encerrar o solo. Flavinha saiu mancando do tablado. Antes do salto, o aparelho seguinte, ela desistiu de competir. Chorando muito a ginasta deixou a área de competição.

No entanto, a final da trave ficou garantida. A brasileira terminou na 9ª colocação, mas como os países só podem levar duas representantes, ela ficou com a vaga da terceira chinesa, Yufei Lu. Em entrevista, Flávia afirma que cogitou não desistir da competição pensando em uma vaga no individual geral. A ginasta, no entanto, reconhece que foi uma boa decisão tomada por sua equipe e precisa se poupar para a final da trave.

- Foi uma decisão sábia que minha equipe conseguiu tomar porque eu não queria desistir, queria ir até o final. Só que talvez isso poderia me prejudicar. (...) Estou na final da trave. Agora é tentar recuperar porque ainda tenho uma semana e meia, a trave é só quarta-feira que vem. E tentar cuidar desse pé.

Rebeca leva Baile de Favela às finais das Olimpíadas


Vai ter Baile de Favela nas finais das Olimpíadas de Tóquio! Neste domingo, Rebeca Andrade deu show na classificatória da ginástica artística. Encantou ao som do funk no solo. Voou alto se equiparando a Simone Biles no salto. Mostrou que é completa. A ginasta de 22 anos conquistou vaga em três finais e vai tentar ser a primeira brasileira medalhista olímpica na ginástica. Flávia Saraiva brilhou na trave e avançou à decisão, mas logo depois, no solo, voltou a sentir o tornozelo lesionado.

Rebeca arrancou saltos ao som de baile de favela (Foto: reprodução)

Depois de duas cirurgias nos joelhos só neste ciclo olímpico, Rebeca foi exemplo de superação, se equiparando às melhores do mundo novamente. Finalista do individual geral na Rio 2016, ela se classificou mais uma vez para a disputa das ginastas mais completas. E passou na segunda posição, com 57,399 pontos, atrás apenas da americana Simone Biles por 0,332. Ainda foi a terceira colocada no salto e a quarta no solo.

- A gente treina bastante para dar nosso melhor em poucos minutos, que é o que duram nossas séries. Nessa coisa de pandemia foi muito complicado. A gente ficou muito tempo em casa, sabendo que vinha um ano tão importante, tão esperado. Então estar aqui é uma alegria enorme. Estar aqui com a Flávia. Foi triste não ter terminado a competição com ela, mas fiquei muito feliz de saber que ela pegou final do melhor aparelho dela. Sei que ela vai dar 110% dela. Assim que eu vi ela chorando, eu disse: “Cara, isso é ginástica”. Essas coisas acontecem, e acontecem para te deixar mais forte. Eu passei por uma dessas três vezes. Tem que usar isso como uma coisa boa. Não pesar só o lado negativo. Ela vai ter mais uma semana para se recuperar, para pensar o que quiser. Eu vou fazer a mesma coisa. É um dia após o outro. Foi um ano muito difícil, e consegui fazer boas apresentações. Então estou muito feliz - disse a ginasta.

Rebeca tem a primeira chance de medalha na quinta-feira, às 7h50 (de Brasília), na final do individual geral. A decisão do salto vai ser disputada no próximo domingo, e a do solo no dia 2 de agosto.

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