Globo Esporte: Barras vai de “cueca” encarar o Timão

Barras vai de “cueca” encarar o Timão

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A Copa do Brasil ? esperada por times do Norte/Nordeste no in?cio do ano como o ganha-p?o para o restante da temporada. E o duelo da primeira fase da competi??o, contra o Corinthians, n?o ? diferente para o pequeno Barras, do Piau?.

Se n?o conseguiu jogar em seu estado (o est?dio Albert?o, em Teresina, est? interditado), o que previa uma renda de at? R$ 150 mil, o clube fundado h? apenas tr?s anos e tr?s meses conseguiu o seu primeiro patroc?nio de verdade: contra o Tim?o, nesta quarta-feira em Goi?nia, vai estampar a marca de cuecas "Mash" na sua camisa.

- Na S?rie C tivemos patroc?nio de algumas empresas locais, do Piau? mesmo, como col?gios e casa de material esportivo. Agora fechamos com a empresa de cuecas para essa partida apenas, mas temos esperan?a que possamos fazer um acordo maior - diz ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, o presidente do Barras, Paulo Afonso Silva, o Painha.

O valor que a Mash pagar? n?o foi divulgado. Mas Painha n?o esconde outras receitas da equipe, que nasceu e sobrevive gra?as ? prefeitura de Barras, cidade a 119 km da capital piauiense, Teresina, com pouco mais de 40 mil habitantes .

- O prefeito (de Barras) fundou o time, em novembro de 2004. ? a primeira equipe profissional de Barras. A prefeitura paga R$ 45 mil mensais, em duas parcelas. Nossa folha salarial gira em torno de R$ 50 mil, contando comiss?o t?cnica. N?s complementamos a receita com venda de camisas, alguns patroc?nios (j? citados acima), e uma promo??o do governo estadual, que permite ao torcedor trocar R$ 30 em notas fiscais por ingressos para o estadual. Como mandante rende R$ 10 mil fixos para n?s - conta Paulo Afonso.

O prefeito ? Francisco das Chagas Rego Damasceno (PMDB), o Manin Rego. Ele ? presidente de honra e convidou o amigo Painha, que at? hoje vive em Teresina, para ser o presidente do clube.

- Sempre gostei de futebol. Sou contador e funcion?rio da Caixa Econ?mica Federal. Mas meu tempo livre ? do Barras - diz o presidente.

Mete?rico Barras

O Barras teve proje??o mete?rica no Piau?. Nasceu no final de 2004 e em 2005 j? foi campe?o da Segunda Divis?o do estadual, que o garantiu na elite. Na primeira vez entre os melhores, em 2006, foi vice-campe?o (o River levantou a ta?a).

A posi??o garantiu o Barras na Copa do Brasil de 2007. A estr?ia nacional n?o foi boa. At? venceu o Cear? em casa, 1 a 0, mas perdeu por 3 a 0 em Fortaleza e acabou eliminado na primeira fase.

No estadual, outra vez vice-campe?o (River levou o trof?u outra vez) e nova vaga na Copa do Brasil, para pegar o Tim?o, e no Brasileiro da S?rie C de 2007.

- Fomos bem na S?rie C. Chegamos no octogonal, mas da? n?o pudemos mais jogar em nosso est?dio, o que dificultou bastante - conta Painha.

O Barras acabou na s?tima posi??o. Na fase final teve que atuar no Albert?o, em Teresina, e perdeu o fator casa, j? que o pequeno est?dio Juca Fortes, em Barras, tem capacidade para apenas cinco mil pessoas.

Um novo time

Desse time que jogou a S?rie C, sobrou apenas um jogador: o zagueiro Juba, 21 anos. O restante da equipe foi modificado e chegou quase todo do Cear?, junto com o t?cnico Fl?vio Ara?jo, que trabalhou no Icasa-CE.

Foram contratados 18 jogadores, e o principal deles ? o atacante S?rgio Alves, que j? teve passagens pela Su??a, Fluminense e Ponte Preta. Do restante (juntaram-se a? cinco atletas das categorias de base), apenas oito atuaram fora do eixo Norte/Nordeste.

A pergunta que fica: ? poss?vel vencer o Corinthians?

- Acredito que sim, por que n?o? O time est? bem preparado e vai surpreender. Pelo menos em S?o Paulo chegamos - comenta Painha.

Vale lembrar que se o Tim?o vencer por dois ou mais gols de diferen?a elimina o duelo de volta, marcado para o Morumbi, em 27 de fevere

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