Goleada histórica põe Cruzeiro na Libertadores

Com a goleada e classificação, o Cruzeiro garantiu presença no Grupo 7 da competição,

Cruzeiro faz 7 contra Potosí | Globo Esporte
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No dia seguinte à festa de torcedores no aeroporto de Confins pelo retorno do atacante Kléber ao clube, após o fracasso da negociação com o Porto, a torcida do Cruzeiro teve muitos motivos para comemorar. Sete. Com o apoio de mais de 35 mil torcedores, o clube mineiro deu um show no Mineirão e assegurou a sua classificação à fase de grupos da Taça Libertadores ao golear o Real Potosí por 7 a 0, nesta quarta-feira. Marquinhos Paraná, Thiago Ribeiro, Kléber, Jonathan, Eliandro, Bernardo e Guerrón marcaram os gols celestes.

Com a goleada e classificação, o Cruzeiro garantiu presença no Grupo 7 da competição, ao lado do Vélez Sarsfield (Argentina), Colo-Colo (Chile) e Deportivo Itália (Venezuela). A estreia da Raposa será na próxima quarta-feira, dia 10, contra o Vélez, na casa do adversário.

Vaga assegurada no primeiro tempo

Otimistas ou realistas, muitos cruzeirenses tinham apenas uma dúvida antes do jogo contra o Real Potosí: de quanto seria a goleada cruzeirense? A confiança aumentou quando o técnico Adilson Batista surpreendeu e mandou a campo um time com três atacantes: Kléber, Wellington Paulista e Thiago Ribeiro. Um rolo compressor azul disposto a decidir logo o jogo.

O aguerrido Real Potosí sobreviveu à forte pressão cruzeirense nos dez minutos iniciais. No lance mais incrível, aos nove, Henrique acertou uma bomba no travessão. No rebote, Wellington Paulista cabeceou, e o goleiro brasileiro Mauro Machado evitou o gol com uma bela defesa.

Acostumado a jogar nos quase 4.100 metros de altitude de Potosí, o time boliviano tentou voar baixo em Belo Horizonte (858 metros acima do nível do mar), com uma correria desenfreada e uma marcação dura. Mas até quando iria suportar?

A lógica começou a ser concretizada aos 28 minutos, quando Wellington Paulista foi lançado na área, dominou no peito e, mesmo sofrendo falta, conseguiu concluir diante da saída do goleiro. Quase dentro da meta, Marquinhos Paraná chegou para completar, e o gol foi dado para o volante.

Dois minutos depois, o Cruzeiro chegou ao segundo gol: Thiago Ribeiro recebeu assistência de Wellington Paulista e tocou para vencer Mauro Machado. O gol desarticulou de vez o esquema do clube boliviano.

Assim, o terceiro tento celeste parecia apenas uma questão de tempo. E foi. Precisamente, nove minutos. Cada vez mais em lua de mel com a torcida, Kléber recebeu de Jonathan e concluiu para fazer 3 a 0. ?Uh, terror, Kléber matador!?, gritaram os torcedores no Mineirão, enquanto o atacante beijava o escudo do clube na comemoração.

O placar virou goleada aos 46 minutos, quando Thiago Ribeiro cruzou para Jonathan ampliar para 4 a 0. Decepcionado, o técnico Sergio Apaza deu um soco no ar, lamentando o fiasco de sua equipe no primeiro tempo, enquanto a festa azul corria solta no estádio.

Três gols nos cinco minutos finais

A situação ficou ainda mais complicada para o Real Potosí logo após o pontapé inicial do segundo tempo, quando Yecerotte mostrou desequilíbrio e atingiu violentamente Kléber, sendo expulso com apenas cinco segundos.

Com 4 a 0 no placar e um jogador a mais, o técnico Adilson Batista realizou o sonho dos ofensivistas, sacou o volante Elicarlos e botou Guerrón em campo, deixando a equipe com quatro atacantes. ?Adilson, Adilson?, gritaram os cruzeirenses no Mineirão.

Logo em seu primeiro lance, Guerrón foi acionado pela direita, entrou na área, fez o gol, foi comemorar com a torcida e nem viu que o árbitro havia anulado a jogada, devido ao impedimento apontado pelo auxiliar.

Outro impedimento ali, mais um acolá, e nada de o quinto gol sair. Depois de gritar olé, a torcida pediu mais um gol. Kléber foi substituído, mas quem entrou foi outro atacante, Eliandro. A pressão continuou...

A tarefa ficou ainda mais facilitada com a expulsão de Galindo. Por um motivo curioso. O jogador do Potosí não aceitou o pedido do árbitro para que retirasse uma aliança do dedo e foi expulso aos 28.

Se em 40 minutos, o time não conseguiu marcar, fez três gols nos cinco minutos finais. Aos 42, o substituto do Gladiador ampliou. Eliandro recebeu de Jonathan e fez o quinto. Aos 44, Bernando invadiu a área, driblar o goleiro e tocar para a rede. Guerrón foi premiado pelo esforço, ao marcar o sétimo após boa jogada individual pela direita.

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