Lloris pode ser o quarto goleiro da história da Copa do Mundo a levantar a taça de campeão. Capitão francês há seis anos, o atleta, apesar de discreto, é referência de liderança e experiência entre os jovens do time. Com uma equipe nova, na média de idade, a tranquilidade do arqueiro é passada para os jogadores. Dono da faixa e do recorde de jogos com a França em Copas, Lloris falou com a imprensa antes da decisão contra a Croácia.
Vazado na competição apenas quatro vezes, em dois jogos dos seis que a França disputou, o goleiro dá crédito ao treinador Didier Deschamps. “Acho que é responsabilidade do técnico, ele merece os créditos desde o início. Seus planos de jogo foram se adaptando sem a necessidade de mudar jogadores. Nós tentamos achar soluções juntos e o talento dos jogadores em campo se expressou naturalmente. Eles são abnegados e o futebol de hoje, em alto nível, exige isso”, disse.
Junto com o treinador e boa parte do time titular, Lloris sofreu com a derrota para Portugal na final da Eurocopa de 2016. O trauma já foi pauta em diversas entrevistas com o elenco francês e, mais uma vez, voltou a ser comentado. “A maioria desses jogadores que estão aqui não estava presente na Euro, mas para os que estavam, claro, foi difícil digerir. Há dois anos, eu não sabia se teríamos outra oportunidade, mas estamos na final da Copa do Mundo e uma série de coisas mudam. Principalmente na preparação antes do jogo”.
Sobre o oponente da final, o goleiro fez questão de exaltar a equipe da Croácia. “Jogaremos contra um adversário de muita qualidade, que demonstrou qualidades físicas e mentais incríveis. Eles mostraram valores ao longo do torneio, passaram três vezes seguidas por prorrogações. Então há algo de muito especial nessa equipe. Além do talento individual, eles têm uma força coletiva incrível. Temos muito respeito por eles” afirmou o goleiro, que também teve de responder, obviamente, sobre a derrota de 2016″, analisou Lloris.