Ao lado da Caldense/MG, o River tem a segunda melhor defesa entre os times que estão no páreo da série D - cada um tomou apenas cinco gols. Por outro lado, o Lajeadense tem o terceiro melhor ataque, com 17 gols anotados até aqui - dois a mais que o número alcançado pelo próprio River.
Cenário que, para o goleiro riverino Naylson, inspira alguns cuidados, apesar da vantagem que o Galo possui no confronto contra os gaúchos na briga por uma vaga para a série C. “Vai ser uma partida muito difícil, complicada. Sabemos do potencial do ataque deles, mas também conhecemos o do nosso ataque e principalmente da nossa zaga. É como eu digo: acabou o primeiro tempo, e agora vamos para o segundo. Eu confio na minha equipe. Costumamos jogar bem fora de casa. Somos valentes aqui, e lá fora também. Não podemos apenas esperar o adversário jogar”, avisou o arqueiro tricolor.
O “paredão” assegurou que o Galo vai entrar em campo com a mesma vontade, deixando de lado a situação construída no jogo de ida. “Favoritismo deixamos só para a torcida, que faz uma bela festa fora de campo. No time, estamos conscientes do que temos que fazer. O futebol é uma caixa de surpresas - hoje você ganha, e amanhã você pode perder. Então essa história de favoritismo fica só no papel”.
A expectativa de Naylson condiz com o discurso do treinador Flávio Araújo. O técnico garante que não vai retrancar a equipe. “Se a proposta deles no primeiro jogo foi marcar do meio para trás e congestionar o meio de campo para buscar contra ataques, lá vai ser diferente. Eles terão que ter uma postura agressiva, buscando o gol. A nossa postura também tem que ser agressiva. Nós não podemos deixar o adversário se impor. Quem fere com ferro, com ferro será ferido. Se eles vêm para cima, nós vamos para cima também”.
O River venceu o Lajeadense no jogo de ida das quartas de final pelo placar de 3 a 0 no Albertão e, por isso, leva uma confortável vantagem para o jogo de volta. As duas equipes voltam a se enfrentar na segunda (19), às 18h, horário do Piauí. O tricolor pode até perder por dois gols de diferença, que ainda assim garante a classificação para as semifinais e, de quebra, garante uma vaga na série C de 2016.
Torcedor vai encarar “maratona” para garantir apoio à equipe do Galo
Mais de 2.800 km em linha reta e 3.911 km de estradas separam Teresina/PI de Lajeado, no Rio Grande do Sul - distância que, de carro, levaria dois dias inteiros (sem parar) para ser transposta. Mas alguns riverinos apaixonados estão dispostos a vencer esse obstáculo para apoiar o River Atlético Clube naquele que é considerado o jogo mais importante da história do clube até aqui.
Quando a bola rolar para Lajeadense e River às 18h (horário do Piauí) da próxima segunda (19), pelas quartas de final da série D do Brasileirão na Arena Alviazul, o piauiense Danilo Félix estará na torcida, apoiando o time. Ele, que é professor, preside a TEG (Torcida Esporão do Galo), famosa por acompanhar o time tricolor em todos os compromissos.
Para chegar à cidade do interior gaúcho, Danilo vai encarar uma verdadeira maratona. Primeiro um voo até Brasília, depois outro até Porto Alegre e, de lá, mais 113 km de es- trada até Lajeado. “É longe, mas é o momento que sonhei a vida toda. Com fé em Deus vai dar certo”, diz Danilo. Ele afirma que outros torcedores teresinenses também vão apoiar o Galo Carijó em terras gaúchas.
Um dos desafios que os torcedores piauienses terão que enfrentar é a diferença de temperatura. O site Climatempo aponta que a máxima não passará dos 23 graus em Lajeado no dia do jogo, com previsão de chuva. Bem diferente dos habituais 40 graus e sol forte percebidos em Teresina nesta época do ano. No entanto, vale encarar tudo para ajudar o Galo na tarefa do acesso.