Em uma corrida tumultuada, o inglês Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio da Bélgica e assumiu a liderança do Mundial de pilotos da Fórmula 1. O piloto da McLaren conquistou o primeiro lugar logo na largada e manteve-se distante das inúmeras confusões da corrida para ultrapassar a pontuação do australiano Mark Webber na ponta da classificação de 2010.
Com a incidência da chuva em alguns momentos da corrida, parte dos candidatos à vitória e aos pontos foi surpreendida com a pouca aderência. Rubens Barrichello bateu no início e abandonou; Sebastian Vettel bateu em Jenson Button, tirando o inglês da corrida e complicando seu final de semana; Fernando Alonso rodou no fim e também deu adeus nas últimas voltas.
Mark Webber fez bela corrida de recuperação e ficou em segundo, mas perdeu o primeiro lugar da classificação - soma 179, contra 182 de Hamilton. Robert Kubica, com um bom final de semana, completou o pódio. Melhor brasileiro, Felipe Massa foi o quarto colocado.
A vitória foi a segunda de Hamilton na temporada - até então, o campeão de 2009 havia sido primeiro apenas no GP do Canadá. Para Webber, apesar de cair para o segundo lugar na tabela, a Bélgica deixa bons números: além de Sebastian Vettel não ter pontuado, o australiano ainda conquistou seu primeiro pódio em Spa-Francorchamps. Até então, seu melhor resultado havia sido o quarto lugar em 2005, com a Williams.
Como não poderia deixar de ser, a instabilidade meteorógica transformou a largada do GP da Bélgica em um espetáculo imprevisível. Pole position, Webber saiu mal e despencou do primeiro para o sétimo lugar. Hamilton assumiu a ponta, seguido de Robert Kubica, Jenson Button, Sebastian Vettel e Felipe Massa. Rubens Barrichello era nono colocado.
A chuva, porém, apertou logo, atrapalhando boa parte dos pilotos. No fim da segunda volta, os líderes da prova sofreram com o asfalto molhado, escapando em curva. Barrichello, em seu 300º GP, perdeu a frenagem e atingiu a Ferrari de Fernando Alonso, abrindo a lista de abandonos. Posteriormente, Bruno Senna também deixou a corrida com problemas em sua Hispania.
O acidente colocou o safety car na pista. Na volta, Button consolidou sua segunda colocação, conquistada sobre Kubica em meio aos "escorregões". Alonso, pouco tempo depois, fez sua segunda parada, retornando bem atrás e recomeçando sua corrida de recuperação.
Mais tarde, uma manobra na 17ª volta ajudou e muito a construir o pódio da corrida: Sebastian Vettel vinha colado atrás de Jenson Button, mas errou a manobra de ultrapassagem e acertou a McLaren do inglês, que abandonou. Vettel ainda trocou o bico e foi punido, mas despencou para 20º após furar o pneu em batida com a Force India de Vitantonio Liuzzi dez voltas depois. Melhor para Webber, que herdou o terceiro lugar na confusão.
Hamilton seguia na liderança, mas quase se complicou na 35ª volta. Com a volta da chuva fina, sua McLaren acabou escapando na última curva, quase encerrando sua corrida. Porém, o inglês retornou à pista e, com a congestionada sequência para a troca por pneus intermediários que se seguiu, seguiu na liderança, à frente de Webber e Kubica, já sem a segunda posição.
Na 38ª volta, das 44 previstas, a chuva apertou de vez. Alonso então rodou, e obrigou o safety car a voltar para a pista. Na 40ª, com a liberação, Webber ainda tentou atacar Hamilton, que se defendeu, garantindo ali o primeiro lugar. No fim, assim como aconteceu na Hungria, Michael Schumacher perdeu uma posição - desta vez, para seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg.