O Comitê Paralímpico Brasileiro estabeleceu uma meta ousada para as Paralimpíadas de Paris: alcançar sua melhor campanha de todos os tempos e entrar pela primeira vez no top 5 da competição.
Com uma atuação impecável, o Brasil atingiu seu objetivo, consolidando-se como uma das cinco maiores potências paralímpicas do mundo. A delegação brasileira quebrou recordes, conquistando 89 medalhas, sendo 25 de ouro, e garantindo o quinto lugar no quadro geral de medalhas.
DISPUTA COM A ITÁLIA
A disputa pela quinta posição com a Itália foi intensa até o último dia dos Jogos. No sábado, o Brasil estava em sexto lugar, atrás dos italianos. No entanto, neste domingo, dois ouros decisivos, um no halterofilismo e outro na canoagem, asseguraram a virada no quadro de medalhas.
Antes de Paris, a melhor performance brasileira havia ocorrido nos Jogos de Tóquio 2021, com 22 medalhas de ouro e um total de 72 pódios, resultando na sétima colocação. Nos Jogos de Londres 2012, o Brasil também terminou em sétimo, mas com 21 ouros e um total de 47 medalhas.
NATAÇÃO E ATLETISMO SE DESTACARAM
A natação e o atletismo foram os grandes destaques das conquistas brasileiras, somando 26 e 36 pódios, respectivamente, as maiores performances em termos quantitativos na história dessas modalidades. No entanto, foi o judô que garantiu o impulso final para o recorde, surpreendendo nos últimos dias com quatro medalhas de ouro e colocando o Brasil no topo do quadro de medalhas dessa modalidade.
Um fato interessante que contribuiu para a campanha histórica foi a diversidade de estados representados no pódio. Atletas de 16 estados, além do Distrito Federal, conquistaram medalhas, destacando a forte participação de todas as cinco regiões do país.
Dessa forma, após quatro edições consecutivas figurando no top 10 do quadro de medalhas — 9º em Pequim 2008, 7º em Londres 2012, 8º no Rio 2016 e 7º em Tóquio 2021 — o Brasil deu um salto de nível, "rompeu a barreira" do top 5 e se firmou como uma verdadeira potência paralímpica.