Preocupado em não repetir o chamado "oba-oba" que foi visto durante a campanha do Brasil na Copa do Mundo de 2006, o técnico Dunga colocou a privacidade da comissão técnica e de seus jogadores como quesito crucial para a escolha do hotel da Seleção Brasileira na África do Sul.
A escolha do The Fairway, localizado dentro do clube de golfe Randpark, em Johannesburgo, foi a opção perfeita encontrada pelo treinador para atingir o seu objetivo. "Como você pode ver, aqui não tem muitas pessoas passando, o trânsito é praticamente zero e o que mais tem é silêncio", afirmou Leon Bosch, diretor operacional da rede de hotéis Guvon.
Para garantir que os comandados de Dunga não sejam atrapalhados durante a passagem pela África do Sul, o hotel colocou alguns lonas verdes e placas de madeira escuras com a intenção de impedir que jornalistas façam imagens do local.
"Estamos fazendo de tudo para atender o pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e manter a tranquilidade dos jogadores para pensarem apenas na disputa da Copa do Mundo", disse Bosch.
Nem mesmo os funcionários do próprio hotel terão livre acesso para conversar com os jogadores da Seleção. Tirar fotos, pedir autógrafos ou camisas não será permitido aos empregados. A CBF marcará um dia durante a estadia do Brasil para que eles possam "tietar" jogadores como Kaká, Robinho, Luís Fabiano, entre outros.