Impasse no Itaquerão ameaça São Paulo para a Copa de 2014

Aumento no custo do estádio faz Corinthians pensar em recuar.

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O futuro estádio do Corinthians chegou a um impasse. A três anos do início da Copa de14, é cada vez mais provável que a abertura do Mundial não seja em São Paulo - Brasília agora é a favorita. Corinthians, Odebrecht e Comitê Organizador Local do Mundial ainda não chegaram a um acordo sobre preços, prazos e exigências.

Com todas as demandas da Fifa para abrigar o jogo inaugural, o estádio custaria cerca de R$ 1 bilhão. Foi o que a empreiteira informou ao clube na semana passada. Até então, o custo para levantar um estádio com capacidade para 65 mil pessoas era estimado em R$ 650 milhões. O aumento no preço da obra fez o Corinthians pensar em recuar.

O clube já cogita voltar a seu plano inicial: construir um estádio para 48 mil espectadores, com custo de cerca de R$ 400 milhões.A arena não teria condições de receber a abertura do Mundial - no máximo, um jogo das quartas de final.

Para abrigar o primeiro jogo da Copa, o clube também pode pedir à Fifa que reduza suas exigências -como a instalação de escadas rolantes, por exemplo. Essa possibilidade foi descartada pela Fifa e pelo COL, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. A organização do evento entende que o estádio é que precisa atender as demandas da Fifa, e não o contrário.

Outra ideia seria pedir um empréstimo maior ao BNDES. A linha de crédito que o banco oferece para as arenas da Copa do Mundo tem limite de R$ 400 milhões -o que cobre apenas 40% do novo valor do estádio.

Consultado pela reportagem do jornal, o BNDES reafirmou que o limite de empréstimo para a construção de estádios para o Mundial é de R$ 400 milhões. Qualquer outro empréstimo, informou a assessoria do banco, teria que ser tomado em outra linha de crédito, com juros maiores.

No limite, o Corinthians cogita até substituir a empreiteira que vai erguer a arena -possibilidade remota, afinal há um contrato assinado entre clube e empresa. A troca geraria ainda mais atrasos nas obras. A Odebrecht não quis comentar o assunto.

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