Para alcançar a liderança do Brasileiro, o São Paulo mudou de cara e adotou a retranca como estilo de jogo. O time do Morumbi celebra o fato de ser o único que ainda não sofreu gols na Série A. Mas isso não significa que sua retaguarda esteja funcionando perfeitamente.
Mesmo com um esquema defensivo, o time de Paulo César Carpegiani é o segundo que mais sofre finalizações no torneio. Em média, os adversários chegam à sua meta 15,7 vezes a cada partida.
Apenas o Ceará, vazado cinco vezes em três jogos, sofre mais pressão --são 16 tentativas de gol por jogo. Do outro lado da tabela está o Internacional, o time que menos leva finalizações no Brasileiro (8,3 vezes por rodada), mas que levou quatro tentos.
"Você tem que ver se as oportunidades são reais", questionou Carpegiani, que considera que o São Paulo só foi realmente ameaçado três vezes na apertada vitória por 1 a 0 contra o Atlético-MG.
De fato, segundo os números do Datafolha, Rogério é apenas o oitavo goleiro que mais defesas faz, com 4,7 intervenções por partida.
No triunfo de quarta, o terceiro em três rodadas do Brasileiro, o time marcou o gol único da vitória ainda no primeiro tempo e depois se fechou para evitar o empate.
Hoje, contra o Grêmio, às 18h30, no Morumbi, o São Paulo irá repetir a formação que atuou em Sete Lagoas. Isso significa um meio-campo com quatro volantes.
Será a terceira vez na Série A que o quadrado Wellington, Rodrigo Souto, Casemiro e Carlinhos Paraíba será utilizado desde o apito inicial.
"Não temos quatro homens de marcação. O Casemiro não marca ninguém, o Carlinhos também é meia. Antes, a gente jogava com apenas os dois como volantes porque tínhamos três zagueiros", falou o técnico.
A mudança que levou o time ofensivo do primeiro semestre a adotar a cautela aconteceu após as quedas no Paulista e na Copa do Brasil.