“Já estou treinando”, diz Anderson Silva sobre seletivas de 2016

Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, ele afirmou que não medirá esforços pelo sonho olímpico.

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Um dos maiores lutadores da história do MMA, Anderson Silva está oficialmente na luta por uma vaga olímpica no taekwondo. Dono de chutes potentes que levaram ao chão seus adversários no UFC, Spider tentará um lugar na seleção brasileira que irá disputar os Jogos Olímpicos de 2016. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, ele afirmou que não medirá esforços pelo sonho olímpico.

"Eu estou tentando devolver para o esporte o que ele me deu. Eu comecei no taekwondo, foi taekwondo que mudou minha história. Já estou treinando, nunca parei de treinar. É uma coisa que eu sempre quis fazer. Não havia possibilidade antes por conta dos compromissos com o UFC. Parei de treinar taekwondo com 17 anos. Dificuldade eu vou encontrar, mas é um desafio que estou disposto. Não estou preocupado em passar vergonha",  lembrou o atleta de 39 anos.

No início da coletiva,a Confederação de Taekwondo avisou que não iriam ser permitidas perguntas sobre o doping do atleta nem sua atual relação com o UFC. Além de Anderson Silva, participaram da coletiva o presidente da Confederação Brasileira de Taeklwondo,Carlos Fernandes, o diretor técnico da entidade, Alexandre Lima, o superintendente Valdemir Medeiros e o empresário de Spider, Marcello Magalhães.

Carlos Fernandes abriu a entrevista deixando claro que Spider não terá nenhuma regalia nas seletivas para os Jogos Olímpicos de 2016.

"Sabemos da performance do nosso campeão, do potencial dele. Entendo que ele é um ícone, referência e o taekwondo faz parte das artes marcais, onde ele começou. É uma honra receber um atleta desse porte. Ele tem o direito de participar, mas os outros atletas também têm direito garantido", disse o presidente.

Para os Jogos de 2016, a seleção tem quatro vagas garantidas (duas no masculino e duas no feminino) por ser sede do evento, e outras quatro podem ser conquistadas pela posição dos brasileiros no ranking. Na semana passada, a Confederação Brasileira anunciou que, após uma reunião com o Comitê Rio 2016, ficou decidido que a primeira categoria de peso contemplada seria justamente o peso-pesado masculino. As seletivas internas, que definirão os nomes em cada categoria, serão no início do ano que vem.

Integrante da Agência Mundial Antidoping (Wada), o médico Eduardo De Rose tratou com cautela a questão. Em entrevista, na semana passada, ele confirmou que a Comissão Atlética de Nevada não tem relação com a Wada, mas acredita que a entidade deve se pronunciar sobre a questão, considerada ''muito peculiar'', em um momento oportuno.

A possibilidade de Anderson buscar mesmo a vaga em 2016 também gerou polêmica entre os atletas do taekwondo brasileiro. Principal lutador do país na categoria acima de 80kg, Guilherme Félix desabafou nas redes social. Apontou que o ''marketing'' em torno da história deveria ser tratado como uma ''piada''.

Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, também se pronunciou sobre o assunto. Ele disse ver o interesse do Spider no esporte olímpico como positivo e minimizou a suspensão do lutador por doping.

 

 

 

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