“Já falei mil vezes que preciso de um 9”, desabafa técnico Felipão

A preocupação de Scolari é que ninguém se iluda com a liderança da equipe no Paulista.

Felipão volta a pedir um atacante para fazer dupla com Kleber | Gazeta Press
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Depois de um mês da eleição do então oposicionista Arnaldo Tirone como presidente do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari afirmou que os pedidos por reforços à nova diretoria vêm sempre sucedidos pela resposta: "não tem dinheiro". Neste domingo, de cara fechada após o empate sem gols com o Mogi Mirim, o técnico tornou pública a irritação.

O treinador esbravejou ao comentar por que gritou tanto para dar ordens de posicionamento ao time. "Não é só ajuste de posicionamento. Precisamos de mais um 9, já disse mil vezes. Se quiserem continuar ouvindo, vão ouvir. Fazer economia não adianta nada, sai caro", contestou o comandante.

Felipão lembrou que as saídas do lateral direito Vitor e do atacante Tadeu, já anunciados pelo Sport, gerarão, pelo menos, uma economia de salários altos. E o comandante gostaria que o dinheiro que deixará de ser gasto com reservas seja usado para contratar um centroavante de nome, mesmo com as dívidas do clube.

"Só com o Kléber não adianta. Se amanhã ele está lesionado, não tem outro. Precisamos ter mais condição de jogo para o adversário ter medo. Os outros são meninos, tudo de 20 aninhos. Precisamos de mais um nome de peso e de cara feia. Aí, podemos pensar um pouco mais alto", sentenciou Scolari.

Kléber, artilheiro do time com cinco gols, concorda. Até porque tem sofrido muito com a marcação tendo que sair da área para buscar a bola e ainda colocá-la nas redes. "Precisamos de um camisa nove. E não só de atacante, mas de reforços em outras posições também. Só não cabe a mim analisar isso. Se a diretoria achar que deve buscar um 9, vá atrás", disse o jogador.

A preocupação de Scolari é que ninguém se iluda com a liderança da equipe no Paulista. No mata-mata, prevê o chefe, as carências podem ser decisivas. "Se o Palmeiras quiser ir mais à frente, preciso de outra opção. Temos 20 pontos graças à condição tática e ao empenho dos atletas. Tomamos só três gols, mas falta alguma coisinha e essa falta não é de agora", frisou.

Ele mostrou o esforço por trabalhar com poucos astros. "Pediram que eu fizesse uma equipe e estou fazendo, com uma base de jovens. Se o Palmeiras quer chegar em situação igual à dos outros, que tenha uma opção diferente, se não fica só na situação tática, trabalho em campo por posicionamento, não tomando gol para, depois, fazer um", afirmou, fazendo careta para mostrar como é difícil o time ir às redes. "Não é fácil", bufou.

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