A Federação de Jiu Jitsu do Estado do Piauí, através do seu presidente, Márcio Oliveira, declarou guerra ao que chama de ?comércio de faixa?, uma prática irregular que vem sendo realizada em Teresina e preocupando àqueles que querem realmente fazer um trabalho sério em nome dessa modalidade esportiva.
Segundo ele, enquanto o tempo para um atleta ser graduado leva, em média, dois anos, existem pessoas que estão fazendo a mudança de faixa em apenas seis meses, atitude essa combatida pela FEJJEPI. ?A federação tem normas e o tempo médio para que se faça a mudança de faixa, portanto, tem pessoas que estão agindo de má fé?, denuncia Márcio.
Diante desse problema, a federação vai começar, a partir de 2009, um trabalho de cadastro de todos os profissionais da área, dando oportunidade
para que possam se legalizar. ?Vamos fazer um trabalho em todas as academias para saber quem são os professores, se têm diplomas, se são confederados ou federados?, explica o presidente da FEJJEPI.
A partir daí, acrescenta, o segundo passo será relacionar os professores que estão aptos a ministrar aulas em academias. Márcio Oliveira assumiu a presidência da federação em setembro deste ano e garante que, a partir de agora, a entidade terá um rigor maior para que não façam do jiu-jitsu um meio de ganhar dinheiro fácil e até enganar atletas, já que é preciso pagar uma taxa para mudança de faixa.
Para quem não sabe, existe a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE) e a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), a qual a FEJJEPI está ligada. Daniela Nascimento, secretária de eventos de Federação, alerta aos pais de atletas que, antes de matricular seus filhos em academias para prática do jiujitsu, que busquem se informar sobre a graduação dos professores. ?Todo esporte tem que ter um órgão regulador, carteira informando que são atletas e ter uma identidade?, reforça.
Ela menciona ainda que não custa nada procurar a federação ou na própria academia saber se o professor tem diploma. Daniela lembra inclusive que chegou a presenciar campeonato em que os atletas não eram pesados antes de lutar. ?Isso não existe, afinal, a diferenciação de categoria é
feita através da idade, faixa e peso?, explica.
Márcio disse também que é necessário acabar com o comércio de faixa para que ninguém mais saia prejudicado. Até porque desconhecendo, por exemplo, se determinado atleta está apto ou não a participar de campeonatos, alguns empresários acabam por patrocinálos por achar que estão ajudando e ao mesmo tempo divulgando sua marca. Isso sem contar que, determinados eventos, por não terem ligação e apoio da CBJJE, CBJJ ou FEJJEPI, não oferecem as condições mínimas de segurança aos atletas,
como por exemplo, ambulância e profissionais médicos para qualquer caso
de emergência. Portanto, detalhes que possam pôr em risco a vida dos adeptos do jiu-jitsu.
Para finalizar, Márcio conta que a federação está de portas abertas para tirar toda e qualquer dúvida daqueles que querem saber mais sobre essa modalidade esportiva. A entidade funciona na Rua Vereador Luiz Vasconcelos, 897, telefone 3233-5193, Bairro São Cristóvão.