A vida do jornalista Pierre Manrique não está nada fácil depois que resolveu fazer a denúncia de doping do atacante Paolo Guerrero. O profissional peruano que é editor de esportes do canal ‘RPP’, deixou claro que já recebeu mais de 1.200 mensagens com ameaças de morte e difamações após ter divulgado o resultado do exame antidoping feito pelo jogador do Flamengo no teste realizado após o jogo Peru e Argentina pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Pierre disse que já foi chamado de ‘traidor da pátria’ já que o atacante é um grande ídolo do país e por conta disso, ficou suspenso por 30 dias pela Fifa até que seja feita a investigação.
“Eu tenho no meu celular cerca de 1.200 ameaças de morte feitas através da minha conta do Facebook. Elas não são feitas em uma publicação, mas todas estão em mensagens privadas", denunciou a jornalista peruano à “RPP Radio”, onde mostrou sua preocupação e esclareceu a controvérsia que o liga ao caso de doping de Guerrero.
"Ninguém gosta de ameaças. Tenho família. A única coisa que fiz foi respeitosamente lidar com a questão. Nós nunca falamos sobre o controle de doping, de doping positivo e nem de cocaína", explicou o jornalista, que negou ter fornecido informações para a rede “ESPN” da Argentina.
A acusação dos fãs peruanos baseia-se no fato de Manrique ter trabalhado por 15 anos na Argentina. Aqueles que ameaçam Manrique especulam que, se ele não tivesse divulgado a informação, a Fifa não teria sancionado Guerrero. No entanto, a Federação Peruana de Futebol (FPF) reconheceu que a punição foi incluída em uma mensagem enviada anteriormente pela entidade que comanda o futebol mundial.