O juiz de futebol Júlio Araújo Silva foi hospitalizado, no último domingo (5), depois de ser agredido com chutes e ter o pulso quebrado, após mostrar o cartão vermelho (expulsão) para um jogador, identificado como José Magno Rodrigues Sousa, durante a partida entre Palermo Futebol Clube x Sakanagem, no PV Boa Viagem, válido pela Copa Chutaço de Futebol 7, ocorrido na cidade de Francisco Santos, a 353 quilômetros de Teresina. A vítima foi levada para a um hospital particular de Picos para ser submetida a uma cirurgia.
O árbitro conta que o autor da agressão jogava o time reserva do Sakanagem e teria ficado com raiva por ter expulsado um de seus colegas de equipe. Júlio relata que tudo aconteceu na metade do segundo tempo da partida quando o “defensor reclamou acintosamente e, pelo desrespeito, eu dei um cartão amarelo para ele. Em seguida, ele me xingou e imediatamente eu o expulsei”, lembra a vítima.
Diante do ocorrido, Júlio foi derrubado em campo, quando sofreu os chutes por parte do agressor, resultando, inclusive, no pulso fraturado por conta dos atos violentos. Ele disse que teriam sido três ou quatro jogadores que o intimidaram, mas sem agressão. No entanto, o árbitro relata que foi empurrado pelas costas, violentamente, caindo no chão, sendo atingido em seguida por um chute.
Depois de ser hospitalizado, Júlio Araújo falou que tomaria as medidas necessárias diante do caso, civil e criminal, para que o agressor seja punido. Por causa dos atos violentos, o árbitro teve que fazer uma cirurgia a segunda-feira (6), e ficará sem trabalhar por pelo menos um mês.
Ele relata, ainda, que fez um exame de corpo de delito, o qual constatou uma lesão corporal de natureza grave, por isso, vai acionar a esfera criminal para que o responsável pela agressão seja punido conforme a lei.
A Federação de Árbitros de Picos (Fapi) divulgou uma nota manifestando repúdio diante do ocorrido. E entidade frisa que "só quem atua na arbitragem sabe dos desafios encontrados em cada partida de futebol. São ofensas e ameaças de todos os tipos..." e que "atitudes covardes como essa não podem passar em branco e envergonham o nosso esporte", ressalta a nota.