A 1ª Vara do Trabalho de Campinas determinou nesta sexta-feira (16) a penhora do estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani Futebol Clube. A decisão confirma uma liminar anterior e permite que o imóvel no interior de São Paulo vá a leilão.
A ação de arresto foi proposta em 2009 por uma ex-funcionária que obteve ganho de causa contra o clube. Em seu pedido, ela alegou que notícias divulgadas na época informavam que o clube estava colocando o estádio à venda, o que inviabilizava o recebimento do que o clube deve a ela.
Em sua decisão, o juiz Carlos Eduardo Oliveira Dias afirmou que a situação econômica do Guarani ?é por demais conhecida, mesmo por quem não tem acompanhado o desenvolvimento dos processos movidos em face dele?. O juiz reforçou ?que a imprensa tem noticiado regularmente o estado de quase insolvência do requerido [o Guarani], com o não pagamento de obrigações substanciais, inclusive de salários aos seus empregados?.
Desconheço essa decisão, mas ações trabalhistas não são novidade no Guarani"
Leonel Martins de Oliveira, presidente do clube
Procurado pela reportagem, o presidente do clube, Leonel Martins de Oliveira, afirmou que ainda não tomou conhecimento da penhora, motivo pelo qual não irá se manifestar. No entanto, não se mostrou surpreso. ?Desconheço essa decisão, mas ações trabalhistas não são novidade no Guarani?, disse.
Segundo o juiz, só na 1ª Vara do Trabalho de Campinas existem 22 processos contra o clube, totalizando mais de R$ 5 milhões. Ele ainda estima que em ?todo o Fórum Trabalhista? a dívida cobrada do Guarani ultrapasse os R$ 50 milhões.
As reclamações resultam de falta de contribuições para a Previdência Social e ?e uma infinidade de execuções fiscais?, diz o juiz em seu despacho.