Foi apenas na última nota, mas o ginasta japonês Kohei Uchimura conseguiu manter a sua invencibilidade que dura desde o Campeonato Mundial de 2009 e conquistou o bicampeonato olímpico do individual geral. Nesta quarta-feira, na Arena Olímpica, ele superou Oleg Verniaev por somente 0,099 pontos.
Uchimura somou 92,365 pontos contra 92,266 do ucraniano. O britânico Max Whitlock completou o pódio com o bronze.
Vernieav, que chegou ao último aparelho (a barra fixa) liderando, foi o último a se apresentar. Após Uchimura fazer 15,800, o ucraniano precisaria tirar 14,899 para levar o título.Mas, em uma decisão que foi bastante vaiada pelo público, os árbitros deram apenas 14,800.
O ucraniano, que desequilibrou na aterrissagem, fez cara de reprovação.A prova teve ainda a participação de dois ginastas brasileiros.
Sérgio Sasaki foi o 9º (89,198) e Arthur Nory foi o 17º (87,331). O bom desempenho de Sasaki é também a melhor atuação de um brasileiro no individual geral na história da Olimpíada. A marca pertencia ao próprio ginasta, que terminou em décimo nos Jogos de Londres-2012.
"Fico feliz, porque treinei muito. Passei por um ano muito difícil. O que me deixa muito feliz é que um atleta treina tanto, mas nem sempre consegue fazer o 100% na competição. E eu consegui fazer meu 100% hoje. Não importa a posição. Se teve atletas melhores ou não, não tenho como resolver isso. Consegui controlar minha ansiedade, minhas dores, e acertar. É isso que me deixa mais feliz", disse Sasaki em entrevista ao Sportv.
Como já era esperado, o Brasil não teve um bom desempenho no cavalo com alças. Arthur Nory foi o responsável por abrir a primeira rotação. Apesar dos bons movimentos, acabou batendo uma parte do corpo no aparelho e acabou somando apenas 13,400 pontos. Sérgio Sasaki foi o quarto a fazer sua série: com todos os movimentos obrigatórios, e sem queda, recebeu 14,766 dos juízes.
Sasaki abriu os trabalhos para o Brasil nas argolas. Com uma apresentação segura, apesar de dar um passinho na saída, o ginasta conseguiu melhorar sua pontuação comparado ao seu desempenho na classificatória e somou 14,433. Com um grau de dificuldade de 5,700, Nory teve dificuldades em alguns movimentos, mas, mesmo assim, também conseguiu melhorar sua nota e recebeu um 14,133.
Com dois mortais para frente e um giro antes de aterrissar com perfeição no chão, Sasaki teve um belo desempenho no salto. Com uma dificuldade seis, e 9,200 de execução, o brasileiro pontuou com 15,200. Já Nory não gostou muito da sua atuação. Com grau de dificuldade reduzido, ele ainda errou no pouso, pisando fora da área marcada. Com isso, conseguiu apenas 14,776.
Nas barras paralelas, aparelho da quarta rotação para o Brasil, Sasaki abriu com uma boa apresentação. Muito aplaudido pelos torcedores, ele teve um desempenho seguro e conquistou 14,966. Nory, com uma apresentação mais conservadora, mas sem nenhum erro, conseguiu um 14,633.Na barra fixa, Nory foi responsável por abrir a quinta rotação do Brasil com um ótimo desempenho.
Com segurança e um alto grau de dificuldade, o brasileiro empolgou os torcedores na Arena Olímpica do Rio e conquistou um 15,266. Sasaki, apesar de receber uma nota menor, também foi bem, cravando 15 pontos.No solo, última rotação brasileira, Nory começou com o pé direito. Com uma apresentação com um grau de dificuldade maior do que ele está acostumado a fazer, casou boas piruetas com um último movimento cravado. Os juízes deram 15,133. Sasaki, apesar de levantar a torcida e vibrar muito ao muito ao fim de sua apresentação, acabou pisando fora após uma de suas acrobacias e teve alguns pontos descontados, terminando com 14,833.