
A reeleição de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF até 2030 trouxe à tona um tema que promete gerar debate nos bastidores do futebol brasileiro: a implementação do fair play financeiro. Para Leila Pereira, presidente do Palmeiras, essa pauta precisa ser tratada com urgência, pois a falta de regras claras sobre as finanças dos clubes estaria distorcendo a competitividade do Campeonato Brasileiro.
"Vamos bater forte nisso", declarou a dirigente, destacando que clubes que não honram seus compromissos financeiros continuam competindo em igualdade de condições com os que pagam em dia. Segundo Leila, o Palmeiras quer que todos sigam as mesmas regras, garantindo um campeonato mais justo e sustentável.
Cobrança por regras claras
O fair play financeiro é um conjunto de normas que busca manter a saúde financeira dos clubes, impedindo que gastem mais do que arrecadam e garantindo que cumpram seus compromissos. O modelo já é aplicado em ligas europeias, mas no Brasil a discussão ainda engatinha.
“Clubes que pagam em dia são prejudicados por clubes que não pagam ninguém. Essa é uma pauta extremamente importante. Não é o gramado sintético que cria desequilíbrio nas competições, é a falta de regras financeiras”
Reforçou a presidente do Palmeiras, em referência às críticas ao gramado artificial do Allianz Parque, um tema que tem sido constantemente debatido.
Resistência nos bastidores
Leila reconhece que a implementação do fair play financeiro enfrentará resistência, especialmente de clubes que acumulam dívidas e atrasam pagamentos.
"Sei que é difícil, porque alguns clubes devedores não vão querer. Ninguém fala que é contra, mas ninguém decide. A forma de não fazer é enrolar, mas nós vamos continuar lutando, porque não desistimos", garantiu.
A expectativa é que as discussões avancem em 2025, mas a postura da presidente alviverde deixa claro que o Palmeiras não pretende abrir mão dessa cobrança. Para Leila, um campeonato equilibrado começa pelo respeito às obrigações financeiras.