O técnico brasileiro Leonardo confirmou nesta sexta-feira que está deixando o comando do Milan, após ficar apenas uma temporada no cargo. Sua despedida será neste sábado, quando acontece o clássico contra a Juventus pela última rodada do Campeonato Italiano. Segundo ele, o rompimento com o clube foi de "comum acordo".
O Milan surpreendeu ao colocar Leonardo como técnico do time no começo da temporada, após a ida de Carlo Ancelotti para o Chelsea. Até então, o brasileiro era apenas dirigente do clube italiano, sem qualquer experiência como treinador. E ele teve uma temporada irregular, com alguns bons resultados e certas decepções.
Durante a temporada, Leonardo conseguiu recuperar o futebol do brasileiro Ronaldinho Gaúcho. Mas o Milan acabou eliminado pelo Manchester United nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa e não passou da terceira colocação no Campeonato Italiano - saiu cedo da disputa do título, que ficou com Roma e Inter.
O maior problema, no entanto, foi a relação conflituosa com o dono do Milan, Silvio Berlusconi, que também é primeiro-ministro da Itália. O dirigente chegou a criticar Leonardo publicamente, quando o brasileiro respondeu que realmente tinha dificuldades em conviver com o chefe. Por isso, sua saída já era esperada.
Na despedida, Leonardo garantiu que não tem nada acertado para o futuro - foi especulado que ele poderia ir para o Flamengo ou até mesmo para a seleção brasileira após a Copa na África do Sul. "Não tenho nenhuma proposta oficial de ninguém. Não tenho nenhuma ideia sobre o meu futuro", avisou o brasileiro.
Também presente na entrevista coletiva desta sexta-feira, o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, lamentou a saída de Leonardo. "Sinto bastante, mas é uma decisão tomada de comum acordo", afirmou o dirigente do clube italiano, revelando que ainda não tem um candidato para assumir o cargo que era do brasileiro.