J?lio C?sar passou os dias antes do jogo com o Uruguai, no Morumbi, convivendo com a sombra de Rog?rio Ceni e a possibilidade da torcida paulista o vaiar e exigir o goleiro do S?o Paulo. J? Lu?s Fabiano s? estava em campo gra?as ? les?o e ao corte de Afonso. E os dois decidiram a partida. Com dois gols do camisa 9 e defesas milagrosas do camisa 1, o Brasil venceu o Uruguai, de virada, por 2 a 1. O resultado mant?m o time de Dunga, que at? enfrentou muitas vaias, no grupo dos quatro melhores das eliminat?rias da Copa do Mundo e que iriam ao Mundial da ?frica do Sul se o torneio terminasse agora.
Se a sele??o brasileira queria evitar vaias e protestos da torcida paulista pouco fez no primeiro tempo para isso. Depois de uma tentativa com Robinho, aos 5 minutos, o Brasil s? voltaria a amea?ar aos 43. Durante esse intervalo, o que se viu no Morumbi foi uma seq??ncia de sustos. Aos 7, o golpe mais duro. Pereira driblou Ronaldinho Ga?cho na linha de fundo e cruzou. J?lio C?sar desviou de leve, mas a bola caiu na cabe?a de Abreu, que completou para o gol. E, claro, as primeiras vaias...
Quem esperava a rea??o do Brasil se enganou. Quem ficava mais perto do gol ainda era o Uruguai. E, se n?o fossem os milagres de J?lio C?sar, os visitantes poderiam - facilmente - ter marcado mais dois ou tr?s gols no primeiro tempo. Jogando com ra?a, a Celeste parecia contaminada por Lugano. O ex-s?o-paulino estava em casa no Morumbi. Seus dez companheiros tamb?m... O Uruguai pressionou, arriscou de fora da ?rea, em cruzamentos e J?lio C?sar fazia uma defesa atr?s da outra.
E o Brasil n?o conseguia sair para o jogo. A zaga batia cabe?a, o meio-campo n?o armava, os alas n?o apoiavam e o ataque n?o funcionava. Aos 34 minutos, a torcida n?o ag?entou e o Morumbi vaiou em coro. A vaia s? n?o foi maior no intervalo gra?as a Lu?s Fabiano, a surpresa da escala??o de Dunga, que sacou V?gner Love pouco antes do in?cio jogo. O atacante do Sevilla (ESP) acreditou num lance quase perdido na linha de fundo e chutou para o gol. Carini, surpreendido, viu a bola passar entre as suas pernas.
No segundo tempo, a virada sem as estrelas
No come?o etapa final, mais vaias. Quando Dunga tirou Ronaldinho para a entrada de Josu?, o dif?cil foi saber se os protestos eram com rela??o ? substitui??o do t?cnico ou direcionados para a fraca atua??o do craque do Barcelona (ESP). O importante ? que a altera??o funcionou. O meio-campo ganhou mais liberdade e o gol brasileiro saiu aos 19 miuntos. Com quem? Com aquele, entre os 22 convocados, mais vezes balan?ou as redes do Morumbi: Lu?s Fabiano. De surpresa a solu??o!
Dunga ainda trocou Robinho por V?gner Love e Maicon por Daniel Alves. O time seguiu mais leve, mas nem por isso deixou de dar espa?os ao Uruguai. E, de novo, J?lio C?sar garantiu. No segundo tempo, o goleiro da Inter de Mil?o (ITA) fez mais duas grandes defesas. E, no lugar dos esperados gritos por Rog?rio Ceni, do S?o Paulo, os paulistas se renderam e aplaudiram a brilhante atua??o do camisa 1 da sele??o brasileira.
Volta ao grupo da Copa e descanso at? junho
O resultado - o Brasil n?o vencia o Uruguai havia oito anos - d? tranq?ilidade ao time do Brasil. Com os 2 a 1 sobre o Uruguai, a sele??o retornou ao grupo dos quatro times que iriam para a Copa do Mundo de 2010 caso as eliminat?rias terminassem agora. Al?m disso, Dunga ter? tranq?ilidade para planejar as pr?ximas rodadas. Pela competi??o, o Brasil s? volta a jogar em junho, contra o Paraguai, na casa do advers?rio. Antes, por?m, alguns amistosos na agenda.