Mais rápida no desafio 'Bolt contra o tempo', Rosângela crê em diferença

Mais rápida no desafio 'Bolt contra o tempo', Rosângela crê em diferença

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Na véspera, o discurso era cauteloso. Mais rápida entre as quatro brasileiras que disputaram as eliminatórias do desafio Bolt Contra o Tempo, Rosângela Santos usou um tom modesto e realista pensando nas adversárias que teria pela frente na final. Mas, após derrotar três atletas estrangeiras de alto nível – incluindo Carmelita Jeter, dona de três medalhas olímpicas -, o espírito da carioca se encheu de esperanças e metas a médio prazo. Com a perspectiva de reencontrar a elite do atletismo feminino nos Jogos do Rio 2016, Rosângela sonha surpreender novamente e subir no alto do pódio nas Olimpíadas em casa.

- O resultado para mim foi algo completamente inesperado, mas me dá muito mais força para saber que não é impossível. Isso já é uma prévia do que pode acontecer nas Olimpíadas. A gente entra desacreditado, mas pode fazer a diferença. Foi muito bom contar com o barulho, o apoio do público. Isso me deu muita força para ganhar por eles. Agora é treinar mais, focar mais para vencer no Rio de Janeiro – disse.Apesar da empolgação, Rosângela sabe que terá que trabalhar duro em prol deste objetivo. A marca de 11s33 alcançada neste domingo é a melhor da brasileira nesta temporada, mas está apenas no top 100 da lista de tempos da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) em 2014.

A atual líder é a americana Tori Bowie, com 10s80 alcançados em julho, na etapa de Mônaco da Diamond League. Aos 23 anos, a carioca acredita que é possível progredir gradativamente até 2016 e que o público poderá ver alguma evolução no Troféu Brasil deste ano, disputado de 2 a 9 de outubro no Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo. - Eu melhorei minha marca no ano e estou próxima da melhor marca da minha vida (11s17). Ainda tenho o Troféu Brasil pela frente na temporada e sei que posso melhorar até lá. Representante brasileiro na final do desafio Bolt Contra o Tempo, Jefferson Lucindo foi apenas o terceiro colocado na bateria. Dono da melhor marca do país nos 100m na temporada, o carioca não vai disputar o Troféu Brasil devido a um planejamento prévio feito com seu treinador.

Para ele, o mais importante na caminhada rumo aos Jogos do Rio é manter o foco nos treinamentos, deixando de lado, dentro do possível, as preocupações com a estrutura para preparação da elite brasileira. - Hoje em São Paulo há melhores condições, mais pistas e equipes. Mas mesmo com isso a gente provou que tem como continuar treinando, mesmo perdendo com a demolição do Célio de Barros. Muitos atletas cariocas pararam de treinar por isso, mas nós aqui conseguimos nos manter. Temos cabeça boa, vamos seguir em frente. Pretendo continuar treinando enquanto estiver motivado, e não vou deixar nada estragar meu sonho.

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