O lateral-esquerdo Marcelo é reconhecido pelo talento desde o início da carreira, quando atuava no Fluminense. Rápido, habilidoso, ofensivo, sempre foi apontado como o jogador ideal para ocupar por anos a posição na seleção brasileira. O tempo passou e o atleta ganhou poucas chances. Agora, Marcelo terá nova oportunidade para mostrar que tem lugar no time. Na segunda-feira, ele começa a partida contra a Rússia como titular.
Apesar de ter apenas 24 anos, Marcelo é convocado para a seleção brasileira desde 2006. Claro que não constantemente. Mas pouco jogou. Sua maior sequência foi com a equipe que disputou a Olimpíada de Pequim em 2008 e ficou com a medalha de bronze.
Desde que Felipão assumiu, Marcelo não pôde participar do amistoso contra a Inglaterra por estar contundido e contra a Itália, na quinta-feira, foi preterido - Filipe Luís começou jogando. Mas contra a Rússia ele vai jogar. E garante não sentir obrigado a tornar-se titular incontestável da lateral esquerda.
"Eu sou muito tranquilo e sempre faço o meu trabalho para ajudar a seleção. Não fico pensando se sou talentoso, se as pessoas vão me criticar ou encher a minha bola", afirma. "Eu sempre fico na minha e com objetivo de ajudar a seleção. Se jogo dois minutos ou não jogo é sempre um prazer estar na seleção."
Para Marcelo, a partida contra a Rússia em Londres não é vital nem para ele e nem para a seleção brasileira. "A gente não tem de pensar que se ganhar da Rússia vai ficar tudo às mil maravilhas. Temos de nos concentrar em fazer a cada jogo o que o professor (Felipão) pede, para estar sempre melhorando algumas coisas. Depois da Rússia teremos muito mais jogos pela frente."
Ele entende que a seleção está evoluindo, a ponto de achar que, contra a Itália, "a gente (o Brasil) foi bem para caramba no jogo". "Precisamos nos aprimorar, ir crescendo, mas o time está bem."
Sobre o fato de não estar jogando no Real Madrid, ele prefere evitar polêmica. "Esse pergunta não é para mim. Quem escolhe quem vai jogar é sempre o treinador e ele vai colocar quem estiver melhor no ponto de vista dele. Eu me sinto bem, estou treinando bem, mas quem escala é o treinador", disse, numa referência a José Mourinho, que tem dado preferência ao português Fábio Coentrão.