Aos 33 anos, Mayra Aguiar anunciou nesta quinta-feira (26) sua aposentadoria do judô. Uma das maiores atletas olímpicas do Brasil, a judoca encerra sua trajetória com cinco participações em Olimpíadas e três medalhas de bronze, conquistadas em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020. Sua última aparição foi nos Jogos de Paris deste ano.
"Vivi muito intensamente o judô desde os meus 14 anos, quando entrei pela primeira vez na Seleção Brasileira principal. Com apenas 16, disputei meus primeiros Jogos Pan-Americanos e, aos 17, minha primeira Olimpíada. Foi pesado. São quase 20 anos no esporte de alto rendimento, suportando viagens, lesões e uma rotina de treinos muito intensa. Agora, vou descansar um pouco e pensar no futuro", declarou Mayra.
Trajetória meteórica no judô
Mayra começou sua carreira profissional muito jovem e alcançou feitos notáveis desde cedo. Aos 15 anos, conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, antes mesmo de ser faixa preta. No ano seguinte, participou da primeira Olimpíada, em Pequim.
Mais madura, Mayra conquistou sua primeira medalha olímpica em Londres 2012, ao vencer a holandesa Marhinde Verkerk e levar o bronze na categoria até 78 kg. No Rio 2016, repetiu o feito e trouxe para casa mais um bronze.
Em Tóquio 2020, a gaúcha marcou seu nome na história do esporte brasileiro, igualando Fofão, do vôlei, com três medalhas olímpicas — ambas atrás apenas de Rebeca Andrade, a atleta brasileira com mais medalhas olímpicas.
Último capítulo em Paris e desafios
Nos Jogos de Paris, Mayra enfrentou uma das competições mais desafiadoras da carreira, sendo eliminada na primeira luta pela italiana Alice Bellandi. A preparação para o evento foi marcada por lesões, que impactaram seu desempenho.
Após quase duas décadas no esporte de alto rendimento, Mayra encerra sua carreira como um dos maiores nomes do judô mundial, deixando um legado de determinação e conquistas.