O julgamento de Lionel Messi e de seu pai, Jorge Messi, sobre o caso de fraude fiscal na Espanha, começará nesta terça-feira e deve se estender até a próxima sexta-feira, na Audiência de Barcelona. Nesta segunda-feira, o jornal “El Periódico da Catalunha” revelou partes de um depoimento sobre o caso que teria sido dado pelo craque do Barça, em setembro de 2013, à juíza de instrução, em que afirma que nunca lê os contratos que assina.
– Assinei as coisas, mas nunca olho os contratos. Não sei o que assino – teria dito o jogador. – Nunca pensei no tema dinheiro. É algo que meu pai administra. E confio nele. Eu me dedico a jogar futebol.
O argentino, bem como o seu pai, são acusados em processos de fraude fiscal no valor de 4,1 milhões de euros, referentes a direitos de imagem entre os anos de 2007 e 2009. Eles teriam organizado uma rede de empresas de fachada em Belize e no Uruguai, considerados paraísos fiscais na época, para realocar os dinheiro. Messi irá depor no dia 2 de junho, já que está concentrado com a seleção da Argentina nos Estados Unidos, para a disputa da Copa América 2016.
Como a pena solicitada é menor que dois anos de prisão, ambos só precisam comparecer no dia de sua declaração. Jorge Messi irá desvincular o craque da gestão de sua fortuna, atribuindo a responsabilidade a ele mesmo, que é empresário do jogador.
Se forem declarados culpados, a Promotoria deseja como pena para Messi e seu pai uma multa equivalente ao valor fraudado e 22 meses e meio de prisão. Como não possuem antecedentes judiciais, eles não teriam que cumprir esta eventual pena, de acordo com o código penal espanhol.